
O Big Brother Brasil 25 chegou ao fim carregando um título que nunca honrou: o autoproclamado “Big dos Bigs” termina como um dos maiores fracassos de audiência da história do programa. Com números que mal ultrapassaram a marca dos 17 pontos na grande final — a marca mais apáticas já vista —, a edição ficou muito aquém do que a Globo esperava e do que o público, um dia, já celebrou com entusiasmo. A preocupação agora anos bastidores é que os anunciantes não disponibilizem mais os milhões investidos numa tabela de audiência enviada ao mercado que não aconteceu.
O resultado não é fruto do acaso. A falta de carisma no elenco, a ausência de conflitos relevantes e uma narrativa que nunca encontrou tração transformaram o reality em um marasmo televisivo. A cada semana, a impressão era de que o programa se arrastava por inércia, sustentado mais pela memória de glórias passadas do que por qualquer relevância presente.
Mesmo as tentativas de revitalização não conseguiram reverter a curva descendente de interesse. Nas redes sociais, a repercussão era morna; nas rodas de conversa, o BBB perdeu espaço para outros realities, séries e até mesmo fofocas de internet. O fenômeno cultural que um dia mobilizou o país inteiro virou pauta esquecida.
Ao fim, fica o retrato de um colosso esvaziado. O “Big dos Bigs” termina como um gigante de papel, derrotado por sua própria pretensão. Se o BBB quiser recuperar alguma relevância nas próximas edições, vai precisar mais do que um bom slogan: vai precisar lembrar o que fez dele um fenômeno — e reaprender a ser, de fato, grande.