Claudia Raia no
Reprodução GNT
Claudia Raia no "Saia Justa"

Há tempos, Cláudia Raia deixou de ser apenas uma atriz celebrada para se tornar personagem de si mesma, e infelizmente, em sua versão mais desagradável. O episódio recente, em que um espectador com deficiência visual foi constrangido em pleno palco na frente dos demais, em alto e bom som, não é um fato isolado, mas sim o ponto alto de uma sequência de atitudes que vêm desgastando sua imagem nos últimos anos.

A tentativa de lacração às custas de quem merece respeito revelou não apenas mau gosto, mas sobretudo uma necessidade de se impor pela humilhação do outro. Diminuir alguém para continuar se sentindo maior. E digo isso, porque não é a primeira vez. Não é isolado. Parece que a atriz se perdeu mesmo nos últimos anos a partir da sua própria arrogância.

A cena posterior só agravou o constrangimento. O jovem, depois de ter sido exposto, ainda foi submetido a mais uma espera humilhante: duas horas sentado aguardando que Cláudia lhe pedisse desculpas após a produção perceber o erro grosseiro, passível de um belo processo (já está na hora de Cláudia começar a sofrer as consequência das suas atitudes deploráveis). Mas quer saber? Após a própria equipe tê-lo orientado a voltar, após duas horas de espero, uma nova humilhação: no final, o encontro não aconteceu.Fizeram o rapaz de bobo. Ou seja, ele foi desrespeitado duas vezes, no palco e nos bastidores. O rapaz relatou ter aguardado duas horas.

E, como era de se esperar, o pedido de desculpas veio na internet. É sempre assim. O que veio, na verdade, foi um vídeo para seu seguidores, claramente orientado por advogado, dirigido não ao rapaz, mas à internet. Porque seria na internet que essa atitude deplorável seria exposta. Um corte pronto para circular, tentando salvar imagem e evitar processo.

Esse gesto expõe o padrão de comportamento que já não se pode mais relativizar. Cláudia sempre erra com pessoas específicas: o repórter destratado que, por não ter cursado uma "faculdade de Cláudia Raia", e sim de Jornalismo, não tinha o nome do seu filho na ponta da língua: "São Luca", o santo que não podia ter o nome esquecido.  Agora, o espectador com deficiência. O curioso é que suas desculpas nunca são íntimas, sinceras ou direcionadas a quem realmente sofreu a violência. Ela prefere se dirigir ao público em geral, como se fosse mais uma performance.

Um pedido de desculpas de verdade não é feito para seguidores, mas para quem foi atingido. E nisso, Cláudia falhou mais uma vez. Não se trata de uma estrela que “fala o que pensa” ou que apenas “não tem papas na língua”. Trata-se de um comportamento arrogante que, ao longo dos últimos anos, tornou-se insuportável. Vive, inclusive, debochando do Alexandre Frota, vem colecionando falas polêmicas e de péssimo nível sem propósito, dá entrevistas, como eu disse, debochadas e, agora, protagoniza um episódio que ficará marcado como exemplo de vaidade acima da empatia. Está chata, Claudia, está ofensiva, está debochada e, mais do que tudo, está pernóstica e vive buscando um motivo para lacrar.

Ninguém aguenta mais suas atitudes recentes, Claudia. Não é uma, duas, é toda hora, mulher! A paciência do público não é infinita, e a cada nova controvérsia o brilho que outrora encantava vai se tornando sombra. É preciso descer do pedestal e entender que carisma não se impõe, se conquista. Talvez esteja na hora de se recolher, repensar gestos e palavras, e recuperar a grandeza que um dia a fez merecer aplausos. Porque, do jeito que vai, o público já está mais do que pronto para dizer, em uníssono som na próxima apresentação: SENTA LÁ, CLÁUDIA!

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