O humorista Pedro Manso, detido em 2019 por posse ilegal de arma de fogo pode ter uma nova dor de cabeça com a Justiça. Isso porque, após ser levado para uma delegacia naquele ano, foi instaurado um processo penal. Pedro Manso aceitou um acordo com o Ministério Público realizado em 2022, com duração de dois anos, para que o processo fosse suspenso.
Ao término de dois anos, sem uma nova denúncia que trate do mesmo tema, o processo seria arquivado. Entretanto, o Ministério Público e a Justiça determinaram uma série de medidas, mas acabaram de identificar que o artista não cumpriu as exigências do acordo firmado. A juíza do caso intimou agora o ator para explicações e já ameaçou derrubar o acordo e voltar com o prosseguimento da ação criminal no Tribunal.
De acordo com os autos processuais que a coluna teve acesso exclusivo, a audiência de instrução e julgamento do caso aconteceu no dia 16 de março de 2022. Aberta a audiência, foi oferecida ao humorista a proposta a suspensão condicional do processo, nos seguintes termos: comparecimento bimestral em juízo para comprovação de suas atividades, pelo prazo de dois anos, até o dia 10 de cada mês; proibição de se ausentar do Estado por mais de 30 dias consecutivos sem prévia comunicação ao juízo, além da obrigação de fornecer à Justiça novos endereços em caso de alteração. Após o acordo, a Justiça determinou a suspensão do processo, ficando a extinção da ação condicionada ao cumprimento das obrigações.
Pedro, inicialmente, estava cumprindo as exigências. Ocorre que em fevereiro deste ano o promotor de Justiça André Nogueira - de surpresa - requereu que o Ministério Público fosse certificado pelo cartório acerca do cumprimento do acordo com o "apenado". E aí é que a vida do humorista se complica.
Segundo ofício do cartório, Pedro vem descumprindo as medidas judiciais. O órgão informou à promotoria do Ministério Público o seguinte relatório: "
"Certifico que o réu não cumpriu de forma assídua o determinado (...) Iniciou o comparecimento no mês de junho de 2022, tendo cumprido o mês seguinte. Contudo, cabe mencionar que nos meses de outubro e dezembro do referido ano, o acusado não compareceu. A sua próxima assinatura aconteceu apenas no mês de janeiro do ano de 2023, totalizados dois meses consecutivos sem assiduidade. Posteriormente, também se manteve inerte nos dois próximos meses, tendo assinado em abril e continuado em junho. Desta forma, informo que não foi cumprido o determinado em sua totalidade."
Após receber o relatório do cartório, o promotor do Ministério Público responsável pelo caso fez um pedido para que a Justiça intime o humorista, a fim de que ele justifique o descumprimento no prazo de cinco dias, "sob pena de revogação e continuidade da ação penal".
Ainda segundo os autos processuais, Pedro Manso foi devidamente intimado para apresentar a defesa e justificativa do descumprimento do acordo no dia 10 de outubro. No sistema do judiciário ainda não aparece se o humorista enviou sua justificativa nos autos. A coluna segue de olho e em breve atualiza o caro leitor com os desdobramentos do caso.
Pelo Instagram do humorista, na data de 18/11/2024 é possível ver postagens de viagens do humorista, uma delas retornando de avião de Florianópolis, no início do ano.