O primeiro dia do evento Galáticos, um leilão promovido pelo ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno - e que acontece até o próximo domingo (24) no Clube Monte Líbano, em São Paulo, foi marcado nos bastidores por desordem e conflitos com as marcas patrocinadoras. A bagunça perdeu o controle pela falta de organização, que chegou a barrar alguns dos empresários mais importantes do país.
CEOs de oito marcas gigantes que estavam patrocinando o evento foram impedidas de entrar por falta de mesa. O caso começou a ser redigido por advogados para ser encaminhado pelas marcas à Justiça. Eles querem a restituição do todo valor investido no evento pelos prejuízos amargados e o pior: de acordo com apuração exclusiva deste colunista, o grupo prepara um dossiê sobre todas as infrações cometidas no leilão com os patrocinadores para divulgação ao mercado.
Em parte do memorando que este colunista obteve, o apontamento de que as marcas receberam convites para patrocinar o evento. No acordo de patrocínio, além de todo plano de exibição das marcas estavam mesas para os CEOs e seus respectivos convidados. A situação que causou enorme vergonha e constrangimento aos empresários se deu pela administração que acabou convidando mais gente do que o local e o número de mesas suportava.
Presidentes de grandes marcas alugaram helicóptero, e outros fretaram até jatinhos para conduzir toda equipe de convidados ao evento, desmarcando compromissos, alugando hotéis, com despesas aos convidados como traslados, alimentação, roupas, e tudo relativo a uma programação que começaria sexta-feira e termina no próximo domingo.
Ainda de acordo com apuração da coluna, a desculpa dos organizadores do evento foi uma superlotação. Entretanto, os cortes respingaram nos empresários que já tinham colocado milhões no caixa para realização do evento, que acabaram barrados e ficaram estarrecidos com suas comitivas. Ainda de acordo com informações apuradas, os empresários sentiram-se traídos e usados apenas para levantar fundos à realização do evento.
O memorando ainda aponta pelas marcas que os convites para patrocinar o evento foram feitos de última hora, e que todos tiveram boa vontade para solidarização da causa e aporte do dinheiro para que o evento fosse um sucesso. As marcas, após terem seus CEOs barrados, também apontam que em continuidade ao contrato se mantiveram em observância quanto a outros requisitos prometidos. Entretanto, apontamentos como desordem, atraso nas montagens, discussões entre colaboradores da equipe também constam nos relatórios que estão sendo condensados nos bastidores.
O contraste entre expectativa de profissionalismo prometida e os problemas operacionais que estão registrados apontam no documento impacto negativo no mercado corporativo e na confiança dos patrocinadores.
PROPOSTA IMPROVISADA COMO REPARAÇÃO
Pode parecer brincadeira, mas as marcas também ficaram estarrecidas com a proposta apresentada para reparar os prejuízos: uma proposta improvisada de acesso a casa de Ronaldo Fenômeno como tentativa de reparação, apontam os empresários que se dizem enganados.
Bomba à vista
Nesta tarde de sexta (22), este colunista também apurou de forma segura que os empresários estão acordando fazer uma circular posterior ao evento disponibilizando um dossiê para todas as marcas, para que futuras propostas sejam indeferidas no que se tratar da personalidade de Ronaldo Fenômeno.
“As personalidades convidadas vêm de uma contrapartida para esconder o que realmente acontece com essas organizações de evento, deslumbrando os investidores a injetarem muito dinheiro, sem que os serviços acordados sejam entregues", diz parte do documento.
Por fim, na data de hoje a coluna também descobriu que pelo menos oito marcas que injetaram ao todo R$ 2 milhões para patrocinar o evento estão acordando entre si ações judiciais para "reaver o investimento feito e ter restituído todos os prejuízos amargados."