Nesta quarta-feira (18), o programa Melhor da Tarde, comandado por Cátia Fonseca na Band, enfrentou um dos momentos mais críticos de sua trajetória. A audiência despencou a níveis alarmantes, chegando a beirar quase 0.0 no Ibope.
Às 15h45, o programa registrou apenas 0.3 pontos de audiência, ocupando a última posição entre as emissoras abertas. Durante o mesmo período, concorrentes como Gazeta e TV Cultura, superaram a programação da Band, alcançando 0.5.
Nos corredores da emissora, a queda gerou um clima de tensão e surpresa. Fontes relatam que membros do canal reagiram com intensa preocupação, já que nunca antes o programa havia atingido números tão baixos. Nos bastidores, o ambiente do Melhor da Tarde está longe de ser harmonioso, refletindo uma crise, segungo estas mesmas fontes, que vai muito além dos números.
Relatos de profissionais da casa, e também que passaram por lá, apontam para "um ambiente de trabalho tóxico e pouco ético". Uma das principais críticas diz respeito à postura da direção, que, segundo ex-colaboradores, incentivava colunistas a descredibilizarem os colegas de emissoras concorrentes, criando uma rivalidade que não condiz com a relação amistosa existente entre os profissionais fora do ar. Essa prática desagradou muitos integrantes da equipe, que se recusavam a seguir as ordens e preferiam deixar o programa.
Emoções à parte, voltando ao tema, a rotatividade de colunistas também é um indicativo da turbulência interna. Em um período relativamente curto, diversos e excelentes colunistas passaram pela atração, mas nenhum deles permaneceu. As queixas variam desde falta de ética até supostos episódios de gritos pelo ponto eletrônico, atribuídos ao diretor Rodrigo Ricó, marido de Cátia Fonseca. Fontes próximas revelam que a emissora, inclusive, estaria atenta aos movimentos que já estariam começando a ganhar força em alguns sites de notícias.
Enquanto tenta contornar a crise de audiência e os problemas internos, o Melhor da Tarde enfrenta um desafio duplo: reconquistar o público e recuperar a confiança dentro do seu próprio estúdio, com a mais rica mão de obra que possui: seus colaboradores e recursos humanos.
Por ora, a situação deixa uma dúvida no ar: até que ponto a Band estará disposta a sustentar não só a perda de audiência por falta de consolidação de equipe, mas também a perda da credibilidade dentro da sua própria casa, entre seus próprios colaboradores?