Geraldo Luís no Hospital
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Geraldo Luís no Hospital


Nesta semana, o apresentador Geraldo Luís chocou seus seguidores ao denunciar o Hospital São Leopoldo, em Araras, e o Dr. José Luiz Junqueira, responsável pela gestão do espaço. Revoltado, Geraldo questiona o impedimento de suas visitas voluntárias ao antigo sanatório Sayão, uma prática que manteve por mais de 20 anos, especialmente durante o Natal. Vestido de Papai Noel, ele levava não apenas presentes, mas também amor, abraços e acolhimento aos pacientes com transtornos psiquiátricos, que muitas vezes são esquecidos por suas próprias famílias.

Segundo Geraldo, a justificativa oficial para a proibição é a reforma do hospital, que já se arrasta há quase três anos. No entanto, o apresentador sugere que a desculpa pode esconder algo mais profundo e obscuro, insinuando uma falta de transparência da atual gestão. “Estariam escondendo algo, Dr. Junqueira?”, indaga ele em uma postagem no Instagram.

A denúncia ganha força à medida que Geraldo destaca o impacto das visitas para os pacientes e para ele mesmo, uma prática enraizada em valores religiosos e pessoais, longe dos holofotes da televisão. Ele relembra a antiga administração de Ismael Biádio, que, segundo ele, humanizava o hospital e permitia a entrada da chamada “caravana do amor”. A prática começou lá atras, há 20 anos, quando o apresentador, na companhia da mãe, já visita o espaço aquecendo o coração dos pacientes. A nova gestão, no entanto, bloqueou o acesso do apresentador, o que ele descreve como uma tentativa de “matar a luz do amor ao próximo”.

Além disso, Geraldo aponta que o hospital está em processo de transformação em uma faculdade e questiona se o interesse financeiro estaria prevalecendo sobre os princípios humanitários. “Faculdade só quer ganhar dinheiro? Essa é a sua gestão de impedir que o amor entre nessa clínica?”, questiona.

O hospital, procurado por este colunista para esclarecimentos, manteve-se em silêncio. Após uma primeira negativa de atendimento, foi informado que não haveria um responsável oelo hospital no espaço. Questionado por este mesmo colunista sobre aplicação da lei que determina a presença de um gestor responsável em qualquer espaço hospitalar, foi prometido um retorno que até o presente momento não aconteceu. A ausência de respostas só aumenta as suspeitas levantadas por Geraldo, que pede agora a intervenção das autoridades de Araras e maior vigilância sobre a clínica.

A situação também expõe uma discussão delicada sobre ética e humanização no cuidado de pacientes psiquiátricos. A reforma mencionada pode ser necessária, mas o descaso com iniciativas como a de Geraldo Luís revela uma gestão que parece não compreender o impacto transformador de ações simples, mas poderosas, como um abraço ou uma visita.

As acusações levantadas por Geraldo Luís não podem ser ignoradas. É imperativo que o Hospital São Leopoldo ofereça explicações detalhadas e transparentes sobre as decisões que levaram à exclusão de um voluntário que dedicou décadas ao bem-estar de seus pacientes. Impedir o amor e a caridade de entrarem em um espaço que deveria ser de cuidado e acolhimento é um erro grave, que precisa ser revisto urgentemente. Até porque, se a nova gestão não sabe, o mesmo Geraldo Luís hoje, impedido de entrar, foi aquele que, no passado, por caridade reformou a ala infantil e também computadorizou todo espaço para os pequenos.

Enquanto isso, a comunidade de Araras e as autoridades locais têm a responsabilidade de cobrar respostas e garantir que os direitos dos pacientes, assim como os princípios de humanidade e solidariedade, sejam preservados. Afinal, o que realmente está sendo reformado no Hospital São Leopoldo? As estruturas físicas ou os valores que deveriam nortear a gestão de um espaço dedicado à vida?

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