O jornalismo brasileiro perdeu um de seus maiores ícones: Léo Batista faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro. Conhecido por sua longa trajetória na TV Globo, onde trabalhou por mais de cinco décadas, Léo Batista não apenas marcou época com sua presença nas telinhas, mas também protagonizou um ato de coragem que lhe garantiu um contrato vitalício com a emissora e a admiração e gratidão eterna por parte da família Marinho.
No passo, um incêndio de grandes proporções atingiu os estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro. As chamas ameaçavam destruir arquivos preciosos que guardavam a memória da televisão brasileira. Enquanto a maioria dos funcionários evacuava o prédio por segurança, Léo Batista tomou uma decisão audaciosa: amarrou uma blusa no rosto para se proteger da fumaça e adentrou o local em chamas.
Sua missão era clara: salvar o máximo possível dos rolos de fita que continham registros históricos da emissora. Antes mesmo da chegada dos bombeiros, Léo conseguiu resgatar uma quantidade significativa de material, evitando uma perda irreparável para a história da televisão. Seu ato não passou despercebido pela família Marinho, que reconheceu sua bravura e dedicação.
Como forma de agradecimento e reconhecimento, a emissora decidiu oferecer a Léo Batista um contrato vitalício. Essa decisão não apenas assegurava sua permanência na empresa pelo tempo que desejasse, mas também simbolizava a gratidão da Globo por seu gesto heroico. A informação foi contato no início de 2018 por este mesmo colunista. Léo continuou ativo na televisão, apresentando quadros esportivos e sendo uma referência para gerações de jornalistas.
A história de Léo Batista serve como lembrança do valor da coragem e do comprometimento com a preservação da memória cultural. Seu legado vai além das transmissões esportivas; ele personificou a paixão pelo jornalismo e o respeito pela história da comunicação no Brasil.
Com sua partida, fica a saudade e a admiração por um profissional que dedicou sua vida à informação e que, em um momento crítico, não hesitou em colocar sua própria segurança em risco para salvar parte da história televisiva do país.