Desde os primeiros minutos, 'MMA Meu Melhor Amigo' revela-se uma experiência frustrante. O longa falha em construir qualquer conexão emocional com o público, e um dos principais responsáveis por isso é Marcos Mion. Sua atuação é exagerada e artificial, tornando o protagonista pouco cativante e incapaz de despertar conexão direta com o público.
Um tema importante, mas mal explorado
A proposta do filme poderia ser relevante, especialmente ao abordar o autismo, um tema que exige sensibilidade e autenticidade. No entanto, o roteiro trata a questão de maneira superficial e forçada, sem aprofundar as dinâmicas familiares ou as dificuldades reais enfrentadas por pais e filhos. Os personagens são rasos e não passam por qualquer evolução significativa ao longo da trama.
Prioridades equivocadas
Em vez de explorar os desafios emocionais da paternidade e a complexidade da convivência com o autismo, o filme parece mais interessado em exibir o físico do protagonista, ou seja, Marcos Mion. A história se perde em cenas desnecessárias que não acrescentam valor ao enredo, reforçando a impressão de que a produção carece de uma verdadeira preocupação com sua mensagem central.
Polêmica nos bastidores
Outro ponto controverso é a origem da ideia do filme. Mion responde na Justiça por ter tido acesso a um curta-metragem com uma premissa semelhante. Ainda assim, ele teria levado adiante o projeto praticamente idêntico, sem dar o devido crédito. Essa é acusação que tramita no Tribnal de Justiça de São Paulo, uma ação ingressada cpela cineasta Camila Rizzo. Essa suspeita de plágio apenas agrava a percepção negativa da obra e levanta dúvidas sobre a ética por trás de sua produção. O caso ainda vai ser julgado.
Um desperdício de espaço
Em um cenário onde tantas produções de qualidade lutam por espaço no cinema, é desanimador ver um filme tão fraco ocupar as telas. MMA Meu Melhor Amigo não só desperdiça um tema relevante, como entrega um resultado aquém do esperado em todos os aspectos. O resultado final não é apenas ruim – é péssimo.