Nos corredores da Globo, o nome do jornalista apelidado de “Sniper” tem sido cada vez mais debatido – e temido. Após a saída de Bocardi, o clima interno esquentou, e alertas começaram a circular entre profissionais da casa: “Cuidado, ele tem histórico de experiência investigativa, ampla habilidade de fazer dossiês e nunca houve notas negativas sobre ele.” O que mais preocupa, no entanto, são os comentários de que, sempre que alguém se destaca como possível sucessor de William Bonner, esse jornalista entra em ação.
Fontes internas relatam que o “Sniper” não teria sido responsável apenas pela queda de Bocardi. Ele também, segundo fontes do canal, teria ligações diretas com a saída de Dony De Nuccio, além de ter sido peça-chave na repercussão do fatídico vídeo atribuído a Bocardi no passado. Outra suposta ação do jornalista foi seu intenso trabalho de apontamentos internos sobre erros de Maju Coutinho no Jornal Nacional, o que teria enfraquecido sua permanência no telejornal. Coincidência ou não, Maju saiu da bancada na semana de apontamentos feitos pelo jornalista.
Uma descoberta recente aumentou as suspeitas sobre o modus operandi do “Sniper”. Outros jornalistas da Globo identificaram que os dossiês enviados à direção da emissora saíam de uma sala comercial. Relatos de funcionários do prédio indicam que o local também prestaria serviços para terceiros.
A coincidência que mais chamou atenção foi que Dony De Nuccio, um dos nomes que caíram na emissora, também mantinha uma sala comercial no mesmo edifício. O direcionamento foi apontado por parte de jornalistas do próprio canal, que mantém um grupo muito restrito em um aplicativo de conversas.
Agora, a grande questão que circula entre esses colegas do canal - jornalistas de ponta, diga-se de passagem - é: essa sala comercial estaria realizando trabalhos investigativos a mando de diretores e do compliance da empresa? O silêncio sobre o assunto só aumenta as especulações. Enquanto isso, colegas relatam que o “Sniper” segue nos bastidores, observando, investigando e, segundo dizem, pronto para agir sempre que um novo nome ameaçar o “trono” de William Bonner.