A advogada Jordane Mota, responsável pela defesa de William Pimenta Gusmão, irmão da influenciadora Virgínia Fonseca, tornou-se alvo de ataques nas redes sociais. Rauriceia Martins da Costa, que inicialmente acusou William de abuso sexual, passou a fazer publicações ofensivas contra Jordane após a absolvição do réu.

Segundo informações do inquérito instaurado, Rauriceia teria publicado diversos vídeos e mensagens atacando a advogada, incluindo comentários pejorativos de cunho religioso. Jordane, que é praticante da Umbanda, confirmou à polícia os ataques e relatou que foi chamada de “Pomba Gira” de forma ofensiva, além de ter sido xingada de “louca”, “doida” e “palhaça”. Diante da situação, o boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia Estadual de Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e de Intolerância Religiosa (Geacri), que encaminhou a denúncia para o Ministério Público.

O Ministério Público autorizou a abertura da uma investigação criminal contra Rauriceia, que agora é formalmente investigada por intolerância religiosa. Segundo o relato da advogada, os ataques começaram após a reviravolta no processo, em que a acusação feita por Rauriceia contra William perdeu força, levando à sua absolvição. A partir desse momento, as ofensas direcionadas a Jordane Mota se intensificaram nas redes sociais.

Além dos insultos religiosos, Rauriceia também teria sugerido que a advogada “está na profissão errada” e deveria “trabalhar em um circo”. Para Jordane, de acordo com o inquérito, essas falas extrapolam qualquer crítica profissional e configuram um crime. “O direito à defesa é essencial, mas o que estamos vendo aqui é uma perseguição pessoal e religiosa”, teria afirmado a advogada em sua denúncia. A delegacia especializada segue investigando o caso, e Rauriceia pode responder criminalmente pelas ofensas.

O episódio reacende o debate sobre intolerância religiosa e a necessidade de respeito, tanto no ambiente jurídico quanto nas redes sociais. Enquanto isso, Jordane Mota reforça sua intenção de levar o caso adiante para que medidas legais sejam tomadas.

Esse desdobramento mostra como casos judiciais podem extrapolar o tribunal e ganhar novas proporções no ambiente digital. Agora, o processo que começou com uma acusação de importunação sexual toma outro rumo, colocando a acusadora no centro de uma nova investigação.