Tadeu
Reprodução/Globo
Tadeu


O discurso de eliminação de Diogo Almeida no Big Brother Brasil marcou a noite do reality, mas um trecho específico gerou indignação nos bastidores da Globo. Ao comparar a trajetória do participante com um roteiro cinematográfico, Tadeu Schmidt utilizou a figura dos “figurantes” para ilustrar a diferença entre quem se destaca e quem passa despercebido no jogo. No entanto, a fala gerou um mal-estar entre os profissionais que atuam como figurantes nas produções da emissora.

A polêmica surgiu quando Tadeu afirmou que “o figurante não tem trabalho nenhum, difícil mesmo é ser protagonista.” Embora a fala estivesse dentro de um contexto cinematográfico, muitos figurantes se sentiram desrespeitados justamente por estarem inseridos neste meio que, segundo eles, já é carregado de preconceito.


Profissionais que trabalham nas novelas da Globo relataram que enfrentam jornadas exaustivas de oito a dez horas sob sol ou chuva, muitas vezes por um cachê de apenas R$ 100. Para eles, a declaração reforça um preconceito já existente contra a categoria, que, apesar de essencial para qualquer produção audiovisual, raramente recebe o devido reconhecimento.

Um dos figurantes que se manifestou sobre o caso sugeriu que a palavra mais adequada para o discurso seria “planta”, um termo já consolidado dentro do BBB para se referir a participantes apagados. Ele argumentou que o uso de “figurante não tem importância!” coloca a profissão em uma posição ainda mais marginalizada.

Diante da repercussão negativa, a tendência é que Tadeu Schmidt passe a adotar o termo “planta” nos próximos discursos, evitando reforçar estereótipos prejudiciais sobre os figurantes que ajudam a construir a teledramaturgia da Globo.

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