
No mundo corporativo, especialmente em cargos de alto escalão no meio televisivo, talento e criatividade são apenas parte da equação do sucesso. O verdadeiro diferencial de um grande executivo está na capacidade de suportar a pressão constante, tomar decisões rápidas e lidar com mudanças drásticas sem comprometer a qualidade do projeto. O mercado não perdoa erros em grandes empreendimentos, e a inteligência emocional para manter a clareza em momentos críticos é o que separa os líderes dos que desmoronam sob o peso das responsabilidades.
A recente declaração de Boninho sobre o desempenho de Dourado à frente do Big Brother Brasil é um exemplo claro dessa dinâmica. Tudo começa a partir de um comentário de um usuário da plataforma X: “Eu quero é você de volta no BBB, porque esse Dourado só está fazendo dinâmicas bestas e nada de cancelar a academia e o peito de frango da xepa! Esse BBB 25 se afundou depois que você saiu”, escreveu. Boninho respondeu. “Não culpe o Dourado. Ele é apenas uma peça nessa pressão! E, como conheço ele, está tentando acertar. Mas segurar a máquina e o ‘chefes’ é para poucos”, respondeu, acrescentando um emoji de riso.
A mensagem de Boninho é bem clara: grandes executivos, nesse tipo de cargo, sofrem e precisam se acostumar com a pressão, fator decisivo para o sucesso dos projetos. Isso revela uma verdade muitas vezes subestimada: o sucesso não se resume a habilidades técnicas ou experiência, mas à capacidade de lidar com um ambiente onde tudo pode mudar da noite para o dia. Quando um projeto de grande porte está em jogo, cada decisão errada pode representar milhões perdidos, audiência despencando ou um impacto irreversível na credibilidade da marca.
Há muitas camadas na afirmativa de Boninho. Talvez, a principal, seja a mensagem que liderar um projeto dessa magnitude não é apenas sobre criatividade e inovação, mas sobre ter controle emocional para agir sob pressão extrema. Não há tempo para hesitação ou insegurança. Em um cargo de comando, é preciso estar preparado para solucionar crises instantaneamente e ter a resiliência para lidar com críticas pesadas e expectativas altíssimas. A liderança exige não apenas uma visão estratégica, mas uma mente forte o suficiente para transformar desafios inesperados em oportunidades.
O que Boninho destacou em relação a Dourado não é apenas uma crítica a um profissional específico, mas um reflexo do que acontece em qualquer setor de alto desempenho. Não basta ter ideias brilhantes, é preciso ter nervos de aço para colocá-las em prática sem deixar a pressão consumir a capacidade de decisão. A mudança de um diretor para outro em um programa consolidado como o BBB não permite margens para erros, pois qualquer ajuste mal executado pode comprometer todo um legado construído ao longo dos anos.
No fim das contas, o mercado exige mais do que competência: exige resistência emocional e habilidade para suportar desafios imprevisíveis. Os grandes executivos não são apenas talentosos, são mestres na arte de manter a calma em meio ao caos. E essa habilidade, muitas vezes, é o que realmente define quem continua no topo e quem sucumbe à pressão.