
Chega! Não dá mais para tolerar, para relativizar, para fingir que dá para “educar” quem escolhe a crueldade como comportamento. O que aconteceu com Luighi não é apenas 'mais um ato de racismo'. Foi um golpe direto no coração de quem ainda acredita que existe civilidade nessa sociedade doente. E se ainda restava alguma dúvida sobre a gravidade do que ele sofreu, bastava olhar para o rosto dele na coletiva de imprensa. As lágrimas não eram apenas de tristeza, mas de exaustão. De quem não aguenta mais ter que provar sua humanidade para gente que não merece nem o direito de andar entre nós.
Racismo não é um erro, não é um deslize, não é uma “falta de informação”. Racismo é uma escolha. Uma decisão consciente de reduzir alguém ao ódio, de atacar o que ele é na essência, de ferir o que não pode ser mudado. E quem toma essa decisão já passou do ponto de recuperação. Não há mais diálogo, não há mais debate, não há mais paciência para “ensinar”. O tempo da conversa acabou. Essas pessoas precisam ser varridas da sociedade, isoladas, punidas, arrancadas do convívio como a ameaça que são.
As lágrimas de Luighi foram a prova definitiva. Quem ainda insiste em minimizar o racismo precisa olhar bem para aquele choro e ter a coragem de dizer que não se importa. Porque é isso que acontece quando você relativiza o crime, quando você tenta defender o indefensável. Você está dizendo que a dor dele não importa, que a humilhação dele não vale nada, que ele pode continuar sendo atacado porque, no fundo, “não é tão grave assim”. Mas é grave, sim. E não dá mais para conviver com quem compactua com essa brutalidade.
O racismo não é um problema para ser “debatido”, é um crime para ser exterminado. A sociedade precisa dar um basta. Precisamos expulsar os racistas dos nossos espaços, das nossas empresas, dos nossos eventos, das nossas vidas. Eles não merecem nossa paciência, nossa tolerância, nossa compaixão. Eles escolheram o ódio. Então que arquem com as consequências dessa escolha.
Luighi chorou. E o mundo inteiro deveria ter vergonha disso. Se essa cena não foi suficiente para despertar a ira de todos, então a podridão já tomou conta da sociedade. Mas para quem ainda sente indignação, a mensagem é clara: não há mais espaço para racistas entre nós. E não há mais espaço para o perdão.