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Brasileirão reúne os maiores clubes do país (Imagem: Reprodução digital | @brasileirao)
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O dia 9 de março entrou para a história da Globo – mas não da maneira que a emissora gostaria. Pela primeira vez em 20 anos, no horário das 18h às 24h, a líder de audiência perdeu para a Record com ampla margem. O cenário foi tão alarmante que um gabinete de crise foi instaurado para discutir estratégias de reação. A Record, impulsionada pela semifinal do Campeonato Paulista, conquistou índices que só haviam sido vistos em 2002, na final de Casa dos Artistas no SBT.

O domingo foi desastroso para a Globo. O Acerte ou Caia com Tom Cavalcanti teve seu segundo melhor desempenho e entregou 7,2 pontos para a partida decisiva do futebol, deixando o Domingão com Huck sem fôlego. Em um momento crítico, a Record chegou a abrir 21 a 10 de vantagem sobre a Globo, um marco histórico. O efeito cascata se manteve, impulsionando o Domingo Espetacular, que teve o melhor resultado da década com Roberto Cabrini e ficou meia hora à frente do Fantástico, atingindo picos de 21 pontos.



A segunda-feira também começou turbulenta. O Encontro perdeu a liderança para o Hoje em Dia, e, no sábado anterior, Marcos Mion enfrentou dificuldades com o especial de 40 anos do Axé na Bahia. A cúpula da Globo entendeu que a principal ameaça dos próximos finais de semana está nas partidas que outras emissoras vão exibir ao longo do ano e decidiu agir.

De acordo com fontes do executivo da emissora, no sábado, ajustes podem ser feitos, antecipando o programa de Mion para as 14h e inserindo um filme no fim da tarde para minimizar o impacto contra o futebol. Mas o problema maior é o domingo, quando jogos às 16h e 19h comprometem diretamente o desempenho de Huck, quando exibidos pelos concorrentes.

A solução emergencial passa por um novo quadro dentro do Domingão, focado em celebridades da internet. A ideia é seguir a fórmula que Celso Portiolli já aplica no SBT - anigo quadro do  Programa da Eliana - aproveitando o engajamento digital para atrair público e desviar a atenção das partidas concorrentes.

A equipe de Huck deve se reunir esta semana para definir um formato que possa ser acionado sempre que a Record tiver jogos relevantes. O objetivo é reduzir ao máximo a diferença de audiência, já que perder a liderança abala diretamente os acordos comerciais da emissora.

Paralelamente, a Globo já colocou seus lobistas em campo para tentar reverter a perda dos direitos esportivos nos próximos anos. Se necessário, a emissora está disposta a negociar indenizações para romper contratos e recuperar os campeonatos estratégicos. A ordem interna é clara: evitar que um novo apagão como o de 9 de março se repita. A disputa pela audiência virou uma verdadeira operação de guerra nos bastidores da TV brasileira. Os bons tempos voltaram.

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