Alessandro Lo-Bianco

Cíntia Chagas: a deselegância desesperada pela busca de likes

Na ânsia de ganhar engajamento, Cintia Chagas tentou expor Marina Ruy Barbosa e acabou expondo a própria falta de classe

Marina Ruy Barbosa
Foto: Reprodução Instagram - 4.7.2024
Marina Ruy Barbosa


Nada é mais deselegante do que tentar expor outra mulher para pegar carona em sua fama e arrancar alguns míseros likes. Cintia Chagas, com sua sanha por engajamento, decidiu mirar em Marina Ruy Barbosa, uma das artistas mais respeitadas do Brasil, por um motivo absolutamente ridículo: cumprimentar amigos de maneira calorosa. Não estamos falando de invasão de espaço de estranhos, de desrespeito ou de qualquer comportamento inadequado. Estamos falando de educação básica, de afeto entre conhecidos, de uma interação social natural que só um espírito extremamente pequeno poderia transformar em “erro”.

O que motiva esse tipo de ataque gratuito? Talvez o desejo desesperado de se manter relevante, mesmo que às custas de uma narrativa forçada. No teatro patético das redes sociais, onde qualquer coisa pode ser distorcida para gerar polêmica, Cintia Chagas conseguiu se superar. Ao invés de apontar um comportamento realmente questionável, resolveu fiscalizar a forma como Marina toca nos próprios amigos ao cumprimentá-los. Isso não é crítica, não é análise social, não é um debate válido — é apenas uma tentativa oportunista de escalar no algoritmo pisoteando o nome alheio.

O problema disso tudo não é só a futilidade do argumento, mas o rastro de deselegância que essa atitude deixa. A ironia é gritante: alguém que se coloca como um bastião da etiqueta e da sofisticação acaba revelando justamente o oposto. Expor outra mulher por algo tão banal e natural quanto um aperto de mão ou um toque no ombro não é sinônimo de refinamento, mas de insegurança, mesquinharia e, acima de tudo, de uma falta de classe alarmante. Como se não bastasse, a crítica parte de alguém que adora se vender como referência de boas maneiras, mas que, na prática, se comporta como uma menina invejosa de quinta categoria.

Esse tipo de postura expõe muito mais sobre Cintia do que sobre Marina. O desejo de lacrar a qualquer custo, de arrancar curtidas com polêmicas fabricadas, de se colocar como superior enquanto tenta diminuir os outros — tudo isso revela um caráter mais preocupado com números do que com qualquer senso real de ética e elegância. Marina, por outro lado, segue sua vida, mantendo o respeito e a simpatia que a tornaram uma das artistas mais queridas do país. Enquanto uma constrói uma carreira sólida baseada em talento e carisma, a outra tenta se manter à tona apontando dedos e criando situações que sequer deveriam ser pauta.

No fim das contas, quem sai arranhada dessa história não é Marina, mas Cintia. Seu nome agora está associado a um episódio lamentável de caça a engajamento, e essa é uma mancha difícil de remover. A verdadeira sofisticação não está em saber o nome de talheres ou seguir um manual de regras ultrapassado, mas em saber se portar com dignidade e respeito. Se Cintia Chagas tivesse o mínimo de senso do ridículo, pediria desculpas e seguiria em frente, mas talvez isso seja exigir demais de quem prefere transformar qualquer gesto banal em uma oportunidade barata de autopromoção.

Que falta faz a Glória Kalil! Se ainda estivesse no auge, talvez ensinasse a certas aspirantes a guru da etiqueta que elegância de verdade não tem nada a ver com censurar a forma como alguém cumprimenta os amigos, mas com ter classe suficiente para não precisar recorrer à posts rasteiros para chamar atenção nas redes sociais.