Ed Motta
Reprodução: Instagram
Ed Motta


Recentemente, Maria Bethânia foi alvo de críticas ao repreender um pianista durante sua apresentação, insatisfeita com o desempenho do músico. A atitude da cantora gerou debates sobre profissionalismo e respeito no ambiente artístico. No entanto, o que chama ainda mais atenção é a postura de Ed Motta, que, sem qualquer senso de autocrítica, decidiu opinar sobre o ocorrido, esquecendo-se convenientemente de seus próprios deslizes públicos, que foram bem piores.

É de uma ironia atroz que Ed Motta se sinta no direito de criticar Bethânia, quando ele próprio protagonizou um episódio lamentável ao humilhar, assediar e demitir um funcionário em pleno palco durante o festival Rock The Mountain, em novembro de 2024. Na ocasião, Motta interrompeu sua performance para ofender um membro de sua equipe, chamando-o de “filho da p*ta” e anunciando sua demissão diante do público, atitude que lhe rendeu vaias e críticas generalizadas. 


A incoerência de Ed Motta é gritante. Como pode alguém que expôs publicamente um colaborador, tratando-o com desprezo e arrogância, julgar a atitude de outro artista? Sua tentativa de se colocar como paladino da ética soa tão falsa quanto uma nota desafinada. Além disso, não é a primeira vez que Motta demonstra desrespeito por colegas de profissão e pelo público. Sua postura elitista e críticas infundadas a outros gêneros musicais revelam um artista desconectado da realidade e preso em uma bolha de vaidade.

É evidente que tanto Maria Bethânia quanto Ed Motta erraram ao expor questões internas no palco. O público que paga ingressos caros para prestigiar seus ídolos não merece ser testemunha de desavenças e humilhações. O palco deveria ser um espaço de celebração da arte, não um ringue de egos inflados. Artistas que não conseguem separar problemas internos de suas apresentações faltam com respeito não apenas com suas equipes, mas principalmente com seus fãs.

A paciência do público tem limites. Ninguém deseja assistir a espetáculos onde a falta de profissionalismo e educação roubam a cena. Por exemplo, nada mais lamentável do que ter visto Roberto Carlos mandar "calar a boca" pessoas da plateia que pagaram caro pelos ingressos.

É urgente que artistas reflitam sobre suas atitudes e compreendam que o sucesso de um show depende de uma equipe inteira, que merece respeito e reconhecimento. Problemas técnicos e desentendimentos devem ser resolvidos nos bastidores, longe dos olhos de quem veio apreciar a música e a performance.

Ed Motta, antes de apontar o dedo para Maria Bethânia, deveria olhar para o próprio espelho e reconhecer suas falhas. Sua hipocrisia é tão evidente que chega a ser constrangedora ver alguem tentando diminuir o outro para tentar se sentir maior. Ao invés de criticar colegas, talvez fosse mais produtivo trabalhar sua inteligência emocional e aprender a lidar com adversidades de forma madura e profissional. Afinal, quem tem o histórico manchado por atitudes deploráveis não possui moral para julgar ninguém.

CHEGA! É hora de artistas como Maria Bethânia e Ed Motta entenderem que o público não tolera mais esse tipo de comportamento. O respeito deve ser a nota principal em qualquer apresentação musical. Chega de desafinar nas relações profissionais e com o público. Afinal, a verdadeira música se faz com harmonia e respeito, dentro e fora do palco.

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