A TV Globo, que completa 60 anos em abril deste ano de 2025, inicialmente planejava uma celebração que se estenderia por 12 meses, dedicando cada mês a um segmento específico da emissora, como jornalismo, entretenimento e esporte. O final da programação especial resultaria no show de Roberto Carlos em dezembro, ainda em aberto em decorrência da falta de conclusão no acordo entre o rei e a Globo.
Contudo, dificuldades em reunir antigos colaboradores resultaram na redução desse plano para uma maratona de 60 horas de programação especial, prevista para começar em 24 de abril de 2025. Isso não quer dizer que o canal não continuará ao longo do ano fazendo referências à celebração, mas de forma reduzida.
Fontes internas indicam que a emissora enfrentou obstáculos ao tentar trazer de volta ex-apresentadores e artistas que deixaram a casa em circunstâncias delicadas, bem como autores e jornalistas que fizeram história na programação aberta. Além disso, alguns colaboradores apontam uma gestão que foi incapaz de se planejar para criar algo tão grandioso quanto a emissora representa.
Ainda acordo com essas emsmas fontes, um exemplo notável é o “Vídeo Show”, programa icônico que estava programado para ter um mês inteiro de exibição especial, mas foi reduzido a uma única edição devido à falta de disponibilidade dos antigos apresentadores. Miguel Falabella, que comandou a atração por 16 anos, teria sido relutante em participar, aceitando retornar apenas por um dia em consideração ao público cativo do programa. Miguel foi um dos artistas que deixou a emissora ressentido pela forma como foi descartado.
Projetos que envolviam outras personalidades, como Faustão e repórteres emblemáticos do “Globo Repórter” e do “Jornal Nacional”, e também do Fantástico, não avançaram. Alguns profissionais teriam imposto cachês elevados para participar das celebrações, refletindo ressentimentos passados com a emissora.
Diante dessas dificuldades, a Globo optou por concentrar as comemorações marcantes em um especial de 60 horas, que incluirá edições comemorativas de programas, culminando em uma marotona ao vivo por 60 horas em alusão aos 60 anos da emissora.
Além disso, a emissora enfrentou críticas internas por inicialmente esquecer de incluir o “Big Brother Brasil” nas celebrações dos 60 anos. Ao perceber a omissão, a Globo decidiu iniciar as comemorações a partir de abril, incorporando o reality show nas festividades subsequentes, e não no início da programação.
Apesar dos desafios e ajustes no planejamento, a Globo segue determinada a celebrar suas seis décadas de existência com uma programação especial que homenageia sua trajetória e que, segundo o canal, reafirma seu compromisso com o público brasileiro.