
O Brasil chegou ao limite da paciência. A cada dia, uma nova afronta ao bom senso, à decência e, principalmente, à inteligência coletiva. Agora, a mãe de Virginia Fonseca, Margareth Serrão, decide acusar o padre Patrick de estimular o ódio simplesmente por ele ter cumprido o seu papel social e ético ao depor na CPI das Apostas, a vergonhosa CPI das Bets. Não citou nomes, não mirou pessoas específicas, apenas relatou o que qualquer cidadão honesto já sabe: o caos social e financeiro que os jogos de aposta vêm causando no país e o que ele testemunha em relação a isso pelo Brasil afora.
É de uma cara de pau monumental que alguém diretamente relacionado à promoção de sites de aposta - sim, aqueles que arruínam famílias e empurram jovens para o vício - tenha a audácia de atacar um padre que, com coragem e serenidade, dá voz às vítimas desse sistema perverso. Margareth não só inverte os papéis, como tenta desmoralizar quem merece respeito e dignidade. O Brasil cansou. Cansou da hipocrisia, cansou dessa inversão de valores onde quem deveria, no mínimo, se calar, resolve se colocar como vítima. Cansou dessa parte dessa família!
A elegância de padre Patrick diante dessa acusação é algo que deveria envergonhar Margareth e qualquer um que a apoie. Em vez de devolver na mesma moeda, ele apenas expôs aquilo que já salta aos olhos: quem se sentiu atacada não foi pela fala do padre, mas pela própria consciência pesada. A resposta foi sóbria, educada e impecável; o que só reforça quem está do lado certo desta história.
Já Margareth, em mais uma demonstração de que os limites da desfaçatez foram completamente rompidos, aproveitou o episódio para tentar se vitimizar e desviar o foco daquilo que realmente importa: a necessidade urgente de regular, conter e denunciar a indústria de apostas que tantas tragédias vem provocando no país. É sobre isso que a CPI existe. Não é sobre ela, não é sobre a filha dela, não é sobre quem ficou ofendido porque viu um espelho do que não quer admitir.
O Brasil não vai mais tolerar esse tipo de cortina de fumaça. Não dá mais para aceitar que pessoas públicas, especialmente aquelas que lucram com práticas tão nocivas, queiram transformar o debate legítimo sobre o impacto social das apostas em um espetáculo narcisista, onde o único objetivo é proteger a própria imagem e o próprio bolso. Não, Margareth, não é sobre você. É sobre milhares de brasileiros que perderam tudo, muitas vezes até a vida, por conta desse negócio que você e sua família promovem e dão risada.
E o mais irônico de tudo é que, sim, padre Patrick poderia ter humilhado Margareth com um simples comentário: poderia ter dito que ela mais parece um abajur ambulante de programa patrocinado pela filha. Mas não. Ele ficou onde sempre esteve: ao lado da ética, da empatia e da verdade. Que sirva de lição: o Brasil está farto. Farto de quem ataca quem faz o certo. Farto de quem defende o indefensável. Farto de quem lucra com a tragédia alheia e ainda se faz de ofendido quando alguém aponta o óbvio. Chega dessa gente que acha que pode tudo pelo dinheiro que tem. BASTA!