
O Encontro não conseguiu se distanciar do Fala Brasil e voltou praticamente a empatar na audiência, na casa dos cinco pontos. O tradicional programa matinal da Globo, que já foi líder absoluto no horário, agora enfrenta uma crise de identidade e apelo junto ao público, gerando discussões internas sobre a necessidade urgente de reformulação.
O desgaste do formato e a perda de relevância têm colocado o programa em alerta, com índices que indicam uma desconexão crescente com a audiência. O comando da Globo estuda mudanças profundas para tentar reverter esse cenário, mas o desafio é grande diante da fragmentação do público e da força cada vez maior das plataformas de streaming.
Enquanto isso, a nova grade matinal do SBT também acumula resultados desastrosos. A aposta em atrações excessivamente infantis, como o retorno de Patati Patatá, afundou as manhãs do canal, que não consegue mais se aproximar da vice-liderança, nem chegar a 2 pontos. A perspectiva é ainda mais sombria: em poucos dias, o programa deve atingir menos de um ponto de audiência, resultado que expõe a dificuldade do SBT em compreender a atual realidade do público infantil.
De fato, a escolha por Patati Patatá foi uma das piores decisões do ano para o SBT. O conteúdo é considerado chato e ultrapassado por muitas famílias, que migraram para opções mais atraentes de desenhos no streaming. Basta perguntar ao público do SBT o que acharam da nova proigramação, para rapidamente acabarmos abandonando a programação do canal e optando por plataformas com conteúdos mais diversificados e criativos.
O cenário matinal da TV aberta brasileira passa por uma clara transformação. Enquanto o Encontro tenta resistir à perda de relevância, o SBT colhe os frutos de decisões equivocadas que afastam seu público. O desafio das emissoras tradicionais é entender a nova dinâmica do consumo de entretenimento, sob pena de continuarem perdendo espaço para alternativas mais modernas e alinhadas aos interesses das famílias de hoje.