
É isso. Acabou. Chega. Não há mais espaço, nem brecha, nem margem para a homofobia escancarada, suja e criminosa que a gente viu essa semana em pleno espaço público, em plena luz do dia. Uma jornalista, que sequer mereceria aqui a proteção do anonimato achou que podia humilhar, violentar e tentar destruir a dignidade de um rapaz em uma praça de alimentação, chamando-o de “bicha nojenta, assassina”. Um espetáculo do mais puro ódio, do mais vil preconceito, de uma covardia que, sim, precisa custar caro. Muito caro. Publicamente caro. Socialmente caro. E eternamente caro.
E que fique muito claro aqui: não há mais espaço para “é só opinião”, “foi sem querer”, “estava nervoso”, "mas meu melhor amigo é gay". Chega. Isso não se negocia mais. Isso não se debate mais. Isso não se discute mais. Isso se repudia, se combate, se expõe, se processa, se criminaliza. Se você é homofóbico, transfóbico, lesbofóbico, você vai carregar isso nas costas a partir de hoje, na sua ficha, na sua biografia, na sua história. E que todo mundo saiba.
Não, não existe mais desculpa. Não existe mais a tal da “liberdade de expressão” para atacar quem somos. Não existe mais “não sabia que era crime”. Não existe mais “sou de outra geração”. Não existe mais “eu tenho até amigos que são”. Acabou. Se você acha que pode viver no século XXI vomitando ódio contra pessoas LGBTQIA+, prepare-se: o mundo vai te tratar como você merece ser tratado. Com repulsa, com nojo, com desprezo social. Quem ofende, humilha e agride não é só um preconceituoso, é um criminoso. E criminoso tem que responder. Publicamente. Judicialmente. Moralmente. Socialmente.
A cada vez que um “bicha nojenta” ou um “viado de merda” sai da boca ou dos dedos de alguém, não é só uma palavra. É um ataque que traz junto séculos de violência, de espancamento, de demissão, de rejeição familiar, de assassinato. É uma tentativa brutal de dizer que a gente não deveria existir. Pois saibam: a gente existe. A gente resiste. E a gente não vai mais aceitar. Sejamos gays, lésbicas, bissexuais. Acabou a paciência. Acabou a diplomacia. Acabou o paninho quente.
A partir de agora, toda pessoa que se atrever a nos atacar publicamente vai ser marcada. Vai ser lembrada. Vai ter seu nome circulando não como “profissional”, não como “opinião”, não como “pessoa polêmica”, mas como o que de fato é: homofóbica. Criminosa. Preconceituosa. Isso vai grudar na sua pele, no seu nome, no seu legado. E não vai sair. Nunca mais.