
A coluna vem antecipando há algum tempo que a TV Globo está em plena negociação interna para reformular o antigo modelo de banco de talentos, que inclusive nem será mais chamado assim. O termo, segundo apuramos, foi considerado ultrapassado e inadequado, já que sugere uma ideia de profissional “parado”. A proposta agora é construir uma nova estrutura que seja vantajosa para ambas as partes, conciliando os interesses da emissora e dos artistas veteranos.
Nos bastidores, fontes da direção de contratos da Globo confirmaram que três propostas iniciais foram feitas para nomes de peso da dramaturgia, todas recusadas. A primeira jogada foi considerada estratégica: um convite a Fernanda Montenegro para retomar um vínculo fixo com a emissora, por meio de um contrato de apenas um ano, com possibilidade de renovação. A ideia era que, se ela aceitasse, isso servisse de estímulo para outros grandes nomes. A atriz, no entanto, rejeitou prontamente.
A segunda tentativa foi direcionada à atriz Fernanda Torres, que também recusou fazer parte desse novo formato de vínculo fixo voltado à teledramaturgia. Apesar disso, ela se mostrou aberta a participar de projetos específicos, principalmente na área de cinema, dentro do ecossistema do Globoplay. Na sequência, Antônio Fagundes também recebeu uma proposta semelhante, que incluía contrato anual, mas, assim como as colegas, não se interessou pelos termos oferecidos.
Diante dessas recusas, a Globo percebe que a negociação para essa nova estrutura não será simples. Além de repensar o nome e o conceito do antigo banco de talentos, a emissora entende que será necessário rever a tabela de valores e, principalmente, oferecer contratos mais longos, de no mínimo três anos, que atendam às expectativas de estabilidade dos artistas veteranos. A reformulação segue em curso, e o anúncio oficial do novo modelo, com nome e regras atualizadas, deve acontecer em breve.