Renata Lo Prete, âncora e editora-chefe do Jornal da Globo, vive um dilema que se intensifica a cada ano: conciliar o peso de sua função com o fuso horário em que o programa é exibido. Reconhecida como uma das maiores referências do jornalismo político e analítico da televisão brasileira, fontes ligadas à direção de contratos do canal confirmam que a jornalista já sinalizou que deseja mudanças em relação a rotina noturna em sua vida pessoal e profissional.
Nos bastidores da Globo, a expectativa é de que Lo Prete permaneça na cadeira até a cobertura das eleições presidenciais de 2026. A avaliação interna é que sua experiência e credibilidade são peças-chave nesse período crucial da política nacional. No entanto, a própria âncora já estaria alinhando com o canal a definição de que essa será sua última grande missão à frente do Jornal da Globo, o famoso 'JG'.
O possível realinhamento de Renata após o período eleitoral marcará mais um capítulo das transformações que a emissora atravessa em seu núcleo de jornalismo. Assim como outras figuras históricas, ela construiu uma trajetória sólida, com reconhecimento de colegas e do público, o que torna a tarefa de encontrar uma substituta à altura um desafio estratégico para a Globo.
A saída da jornalista, somada a movimentações em outros programas de peso, expõe a necessidade urgente de formação de novos nomes capazes de ocupar espaços de liderança. Em um cenário de mudanças contínuas, a emissora terá de investir não apenas em rostos renovados, mas em profissionais que carreguem a mesma credibilidade para sustentar as principais vitrines jornalísticas da televisão brasileira. E essa não será uma tarefa fácil.