Neto detona Dança dos Famosos ao vivo na Band
Reprodução/Band
Neto detona Dança dos Famosos ao vivo na Band



Neto, que já dominou os gramados e hoje comanda plateias na televisão, resolveu soltar uma bola dividida contra o “Domingão” de Luciano Huck. Não foi um ataque programado, não foi fruto de pesquisa de mercado: foi um pedido de atenção. Sim, senhoras e senhores, Freud teria ruborizado diante do improviso do craque. Na essência, o discurso de Neto poderia ser traduzido como: “Oi, Luciano, me nota?”. "Oi, Luciano, vou gerar dezenas de manchetes usando seu nome e seu programa."

Luciano Huck, no entanto, não caiu na armadilha da provocação. Luciano Huck não tem a cabeça de Neymar, vamos lá... Do alto de seu palco de domingo, e do alto do seu próprio patamar hoje, apenas olhou para baixo e, com a suavidade de quem distribui afagos aos súditos, mandou um abraço ao colega. Nenhum contra-ataque, nenhuma ironia, nenhum passe atravessado, apenas seis segundos a generosidade de quem sabe que, às vezes, é preciso dar um pouco de atenção a um colega que faz o aceno de forma translúcida.

A pergunta, porém, insiste em ecoar: qual foi a real necessidade? Neto não é novato no jogo da mídia, tem torcida cativa e audiência consolidada. Por que, então, mirar o canhão contra Huck, a não ser para virar corte de site e matéria de portal? A resposta talvez esteja em uma questão mal resolvida com Cátia Fonseca, que saiu da Band meses atrás sob farpas e indiretas do próprio Neto. Quem sabe o alvo fosse, no fundo, ela, mas a munição chegou atrasada.

E aqui cabe a suspeita cruel: talvez faltasse um amigo verdadeiro para avisar ao craque que a pauta já esfriou. “Neto, a Cátia já foi eliminada há mais de um mês, você entrou em campo depois do apito final.” Mas a ausência desse conselho só fortalece a hipótese freudiana: não era sobre Cátia, nem sobre o “Domingão”. Era sobre ser visto, mais do que já é, ser ouvido, e ser manchete.

Para resumir, gente: Neto pediu atenção e Luciano Huck, cordial como sempre, olhou e atendeu. O craque, que tantas vezes pediu bola na grande área, desta vez pediu colo e recebeu apenas um abraço, televisivo, distante, mas suficiente para virar assunto na segunda-feira. Afinal, na dramaturgia da TV, quem pede luz, sempre recebe um refletor, ainda que emprestado.

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