Roberto Carlos
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Essa é uma daquelas histórias que pareceria nunca ter fim. Mas recaindo em uma frase clichê: o fim está próximo. De acordo com fontes seguras da direção de contratos da TV Globo a parceria entre o Rei e a emissora carioca não será renovada em 2025. A ideia da emissora é finalizar este período com um especial de 50 anos do Rei na Globo, no Natal de 2024.

Pouco se fala sobre o assunto, mas prestes a completar 50 anos de um contrato que é considerado um dos mais duradouros e caros entre um artista musical e uma emissora de televisão, executivos da alta cúpula da emissora já falam sobre o término do contrato daqui a dois anos.



Segundo fontes da direção de contratos do canal, desde 2010 a Globo começou a sentir no fluxo de caixa o peso para manter um contrato de exclusividade anualmente com Roberto Carlos. O valor era muito alto, pois o Rei tinha exclusividade absoluta, limitando-se apenas a se apresentar em um único show, exibido sempre no final de ano no canal. O valor do contrato compensaria, portanto, um cálculo em cima de uma projeção de lucros enorme que o Rei abriria mão, uma vez que deixaria de fazer shows, turnês, e participar de programas televisivos.

Aos poucos Roberto Carlos viu o especial de final de ano ser desmontado com bastante cautela. As icônicas apresentações que lotavam o Maracanã foram saindo de cena e cedendo espaço aos especiais gravados e remendados, até a Globo usar o musical como vitrine para espremer audiência com atrizes do ano, que embora gerasse bastante engajamento na internet, não agregava ao Rei nenhum valor musical.

Ainda de acordo com as mesmas fontes, Roberto teria retomado mais autoridade em relação ao projeto, insatisfeito com algumas mudanças que estariam sendo feitas nos últimos anos. 

De uma forma bem gradativa e natural, o contrato foi flexibilizado ao longo dos anos para que Roberto se apresentasse em seu cruzeiro, além de ter iniciado após longos anos uma agenda de shows pelo Brasil e também internacionalmente.

Ainda de acordo com fontes deste colunista que transitam no executivo da emissora, embora Roberto estivesse preocupado em retomar uma qualidade melhor e fazer uma atração maior e aberta ao grande público, o fato é que a emissora não estaria mais disposta a gastar tanto com o especial de final de ano.

A assessoria de Roberto Carlos informou a este colunista que a escolha dos nomes é sempre feita em comum acordo com a Globo. Entretanto, fontes garantem a este mesmo colunista que Roberto teria retomado uma autoridade maior na escolha dos nomes artísticos, após essa onda de atrizes levadas pela emissora ao especial. Outra exigência do Rei teria sido o retorno aos palcos, ou seja, nada de gravação em estúdio. 

As exigências teriam sido todas atendidas ano passado. Por coincidência, a convidada do ano também era atriz, Lucy Alves, personagem da trama de uma grande amiga de Roberto Carlos, Glória Peres, que estava no ar com Travessia. Roberto, inclusive, gravou 'Evidências', de João Augusto, para trilha sonora da trama.

Após 2025, nada impede que Roberto continue sua parceria de décadas com a Globo. Mas, certamente, com outro modelo contratual, provavelmente lucrando apenas com o faturamento do show. A época do fim dos contratos de ouro não chegou apenas para grandes ícones da dramaturgia brasileira como Fernanda Montenegro. Ela chegou também para acabar com o reinado contratual de exclusividade entre a Globo e todos os condados, inclusive o musical. 

Na outra ponta da lança, a Globo já discute possíveis nomes que poderão preencher o espaço antes destinado sempre ao rei no período natalino. A primeira opção foi testada em dezembro de 2022. Logo após o especial do Rei, o 'príncipe' Luan Santana foi contemplado também com um especial de final de ano para celebrar a carreira e a audiência foi melhor do que a Globo esperava.

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