
A Heineken continua "pistola" com o canal Porta dos Fundos, principalmente com os atores Gregório Duvivier e João Vicente. A cerveja apresentou uma réplica no processo movido contra o canal de humor Porta dos Fundos e o humorista Gregório Duvivier, contestando a justificativa de que suas declarações estavam amparadas pela liberdade de opinião e expressão. A cervejaria alega que os comentários depreciativos feitos por Duvivier e João foram motivados por um contrato publicitário que o canal possui com a concorrente Ambev, indicando que as críticas tinham o intuito de desmerecer a marca Heineken em benefício da concorrente.
O processo teve início após a veiculação de um vídeo no canal Porta dos Fundos, no qual Gregório Duvivier e João batem um papo e comparam o sabor da cerveja Heineken a substâncias ilícitas, afirmando que a bebida dava “cara de MD”. A Heineken interpretou as declarações como ofensivas e prejudiciais à sua imagem, decidindo acionar judicialmente o canal e o humorista.
Em resposta ao processo, Duvivier e João Vicente de Castro, também integrante do Porta dos Fundos, mantiveram o tom satírico, ironizando a situação em vídeos subsequentes. Duvivier chegou a afirmar que “até um traficante de MD teria ficado indignado com a analogia à cerveja”, reforçando o caráter humorístico de suas declarações.
A defesa do Porta dos Fundos argumenta que as declarações estão protegidas pelo direito à liberdade de expressão e que o conteúdo é claramente humorístico, não tendo a intenção de causar danos à imagem da Heineken. No entanto, a cervejaria sustenta que as críticas ultrapassaram os limites do humor e foram impulsionadas por interesses comerciais, visando beneficiar a concorrente Ambev.
O caso segue em tramitação na Justiça, com a análise das alegações de ambas as partes. A justiça vai analisar neste caso os limites entre humor, liberdade de expressão e interesses comerciais aliados ao marketing de guerrilha. A coluna segue acompanhando os desdobramentos do caso.