
Como colunista, sempre pautei meu trabalho pelo respeito aos fatos e à responsabilidade com a informação. No entanto, recentemente, fui alvo de uma grave ofensa por parte da TV Globo, que, através de sua assessoria de imprensa (CGCom), por meio do assessor Thiago Bokel, enviou uma nota oficial não só para mim, mas para outros veículos, afirmando que eu "disseminava mentiras" ao noticiar que a emissora realizava pesquisas internas visando a reformulação do Fantástico e outros programas. Entre os nomes citados na época estava o de Aline Midlet, que, segundo minhas fontes, figurava entre as cotadas. A nota enviada pela Globo negou categoricamente as informações e, além disso, me acusou de forma leviana de insistir na divulgação de inverdades e o caso está sendo discutido na esfera jurídica.
Pois bem. Chegou a hora de quebrar o protocolo e contrariar a tradição jornalística de proteger fontes, para expor quem, de fato, faltou com a verdade nesse episódio: a TV Globo. De posse de prints, imagens e documentos que provam a existência da pesquisa realizada pela emissora, exponho agora publicamente que, sim, a pesquisa existe e vem sendo conduzida de forma criteriosa, incluindo questionamentos sobre quem o público gostaria de ver não só no comando do Fantástico, mas também na reportagem. Não se trata de mera especulação ou de boatos infundados, mas de uma prática legítima e estratégica da empresa que, por algum motivo, preferiu negar e ainda me ofender.
Hoje no programa A Tarde é Sua eu expus as telas oficiais da pesquisa. O que a Globo teria a falar agora? Os materiais que trouxe hoje a tona durante o programa à tona revelam que a pesquisa contempla diversos nomes, não apenas para o Fantástico, mas também para possíveis mudanças no jornalismo e no entretenimento da emissora como um todo. Esse movimento reforça exatamente o que eu havia noticiado: a Globo está, sim, promovendo uma ampla investigação de mercado para avaliar novos formatos e apresentadores, contrariando frontalmente a versão oficial enviada pela CGCom meses atrás.
É constrangedor, para dizer o mínimo, que uma emissora da magnitude da TV Globo, cuja história está profundamente ligada ao jornalismo brasileiro, opte por não só ofender, como desacreditar publicamente o trabalho de um jornalista em vez de adotar a postura que se espera de um veículo de comunicação sério: a de prezar pela verdade. A tentativa de me rotular como mentiroso, por meio de uma nota oficial, extrapolou os limites do aceitável, em respeito à minha trajetória profissional e ao compromisso que sempre tive com o meu público.
Este episódio, além de ser lamentável, expõe a fragilidade e o descrédito que a comunicação institucional da TV Globo vem enfrentando. Quando a assessoria de imprensa de uma empresa passa a mentir deliberadamente e ainda ofende jornalistas que fazem seu trabalho com seriedade, fica evidente que há algo profundamente errado. De minha parte, sigo com a consciência tranquila e, agora, com a certeza de que, mais do que nunca, a credibilidade está do lado de quem se compromete com os fatos, mesmo que isso signifique romper protocolos para mostrar quem, de fato, está mentindo. Peço desculpas a minha fonte por ter exposto as telas da pesquisa. Mas foi necessário. Era urgente mostrar para o meu publico quem mente: A TV Globo. Respeito é bom e a gente exige, inclusive, na régua da lei. Mentirosos!