Alessandro Lo-Bianco

Débora Bloch falha na atuação e na capacidade de ouvir críticas

Atriz adota postura arrogante diante das avaliações negativas da crítica especializada

Debora Bloch fracassa como Odete Roitman
Foto: Reproduçao TV Globo
Debora Bloch fracassa como Odete Roitman


Débora Bloch erra feio ao não aceitar as críticas sobre sua atuação como Odete em Vale Tudo. A atriz demonstra uma resistência injustificável às opiniões que apontam fragilidades claras no seu desempenho. Mas pior que atuar mal é querer tapar os olhos e ouvidos para as avaliações construtivas, como se estivesse acima de qualquer análise, enquanto dezenas de profissionais, críticos e espectadores apontam falhas que são evidentes para quem quer ver. 

Ela erra duas vezes: a primeira na entrega de um trabalho que está aquém do esperado para um papel icônico; a segunda ao tentar desqualificar o trabalho dos críticos de TV, como se todos estivessem errados e apenas ela estivesse certa. Foi uma generalização imbecil. Faltou humildade, sobrou arrogância. Não é inteligente combater quem aponta as falhas, principalmente quando vem da crítica especializada, e até mesmo de críticas do próprio jornal da empresa em que ela atua. Pelo contrário, quando muita gente fala a mesma coisa, o mais sábio é abaixar a orelha e escutar. Mas isso exige HUMILDADE.

A prepotência de Débora é um indicativo claro de que sua atuação continuará falha. Sem autocrítica, sem humildade, não há evolução artística. O texto de Manuela Dias, apesar de fraco, exige mais nuances, mais entrega, mais verdade, elementos que Débora parece incapaz de acessar enquanto insiste em se blindar contra qualquer opinião que não seja a sua.


Orgulho, arrogância e prepotência não vão salvar a obra, tampouco o papel. Muito menos vão convencer o público, que percebe a artificialidade e a falta de intensidade na composição da personagem. O erro de Débora não é apenas técnico, mas comportamental: recusar a escuta é escolher permanecer no erro, é reforçar a mediocridade, é fracassar onde poderia crescer.

Se Débora realmente quiser melhorar, seria de bom tom que acolhesse as críticas com a humildade que falta. Não há mais espaço para a postura defensiva e agressiva que ela adotou ao resolver rebater as críticas. Débora falha duas vezes: na atuação e na escuta. Sua soberba só confirma aquilo que muitos já perceberam: falta-lhe humildade e sobra prepotência, e, nesse quisito, é merecido sim aplausos pela atuação de Odete; isso se ela acontecesse com mastria na novela, não na vida real. Aqui fora, não Vale Tudo.