Por trás das belas imagens e das aparições calculadas, posts de mais de uma tela, a realidade nos bastidores da TV Globo é de intenso diálogo. A Coluna descobriu que o contrato de Eliana, assinado por três anos, previa que seu programa entraria no ar após o primeiro ano de vínculo, ou seja, até julho de 2025. Com esse prazo se aproximando e a atração ainda fora da grade, acendeu-se uma luz amarela na alta direção. De acordo com fontes na direção de contratos do canal, não se trata apenas de uma questão artística, mas sim de cláusula contratual que, caso descumprida, pode obrigar a emissora a pagar uma multa considerável.

Nos corredores do setor de contratos, o clima é de negociação urgente. Embora a Globo tenha lançado uma verdadeira cortina de fumaça ao justificar o adiamento internamente com a agenda do futebol, até usado publicamente por alguns setores não confiáveis da imprensa, fontes que transitam na alta direção confessam que isso não se sustenta.

Futebol sempre existiu: estadual, Brasileirão, Libertadores, todos os anos, sem exceção. A verdade é que a emissora simplesmente deixou o tempo correr. E enquanto isso acontecia, Luciano Huck teve seu Domingão ampliado, dividindo os dois blocos do domingo e fechando campanhas publicitárias robustas até dezembro.

E é aqui que a bomba estoura: a Globo agora se vê diante de um dilema comercial. Paga multa para Eliana ou paga multa para dezenas de anunciantes que já compraram o domingo com Huck até o fim do ano? O cenário é sensível.

Não há clima de guerra, claro que não! Há uma necessidade estratégica de sentar com Eliana e renegociar. Uma das alternativas em debate, é firmar um novo contrato com a apresentadora, zerando o cronômetro a partir de 2026, quando então começariam a valer, oficialmente, os três anos de exibição do seu programa.

Embora tudo ainda esteja sendo tratado com cautela e nenhuma das partes queira ruído público, claro, a relação é mantida ainda como um novo camento entre almas, nos bastidores o movimento é claro: a Globo está tentando encontrar uma saída elegante para um impasse que nasceu de descuido interno. Por mais que neguem qualquer crise, o que se discute agora é uma engenharia jurídica e comercial que evite conflito com Eliana, preserve os compromissos já assinados com patrocinadores e, de quebra, não manche a reputação de uma contratação celebrada como estratégica.