No turbilhão de pautas quentes, notícias em primeira mão e bastidores nem sempre doces do jornalismo de celebridades, a gente se acostuma a lidar com distâncias. Entre nós e os famosos, entre nós e a sensibilidade. Mas de vez em quando, a vida faz questão de lembrar que há pessoas que derretem qualquer barreira. Edu Guedes é uma dessas pessoas. Hoje, enquanto enfrenta a batalha mais difícil de sua vida, a luta contra um câncer no pâncreas, é impossível não sentir e não lembrar o aroma do afeto que ele espalhou por onde passou.

Eu, particularmente, tenho uma lembrança muito viva do dia em que conheci, de verdade, o Edu. Tinha acabado de dar uma notícia delicada: imagens exclusivas dele com a Ana, feitas no elevador de seu prédio. Era algo que mexia com a privacidade, limites que nos desafiam diariamente. Eu estava com medo de encará-lo. Mas Edu desmontou toda a minha ansiedade com um gesto desarmante: um abraço, um beijo, uma brincadeira leve que devolveu humanidade àquele momento tenso. Foi ali que eu deixei de ver apenas o apresentador carismático, e passei a enxergar o homem generoso por trás das câmeras.

Agora, o mesmo Edu, que acolhe com doçura e cria temperos mágicos à nossa vida, enfrenta um desafio amargo. Passou por uma cirurgia delicada e está em recuperação, e o Brasil inteiro torce por ele. Mas se tem uma coisa que o Edu entende é de receita: e essa, a da cura, é uma que todos nós estamos ajudando a preparar. A cada mensagem, a cada oração, a cada lembrança afetuosa, mais um ingrediente é jogado nessa panela de esperança. Não há quem esteja indiferente: telespectadores, colegas de emissora, amigos, gente que nunca o viu pessoalmente, mas já foi tocada pela sua luz.

E como bom chef, Edu sabe que algumas receitas levam tempo. Que o fogo precisa ser baixo e constante. Que os melhores sabores vêm da paciência e da fé. Ele também sabe que não se cozinha nada grande sozinho. Por isso, a gente segue mexendo essa panela com ele, com amor, coragem e aquela pitada de fé que transforma tudo. E já dá pra sentir no ar o cheiro dessa cura chegando, como aquele prato que a gente espera na infância e já começa a salivar só de imaginar.

Edu Guedes não está só. Está cercado por um país inteiro que agora entendeu que tempero bom não é só o que se coloca na comida, mas o que se coloca na vida. E ele colocou muito. Colocou sorriso, leveza, empatia, generosidade. Por isso, estamos aqui, firmes, com as colheres na mão e os olhos marejados, certos de que essa receita, a mais importante de todas, vai ficar pronta logo. E vai ser deliciosa e repartida com todos os amigos à mesa. Amamos você Edu, esse tempero é todo nosso!