A manhã desta segunda-feira (14) trouxe um resultado incômodo para a Globo: o Encontro marcou apenas um ponto a mais que o Hoje em Dia, com um placar apertado de 6 a 5. O resultado, praticamente um empate técnico vem sendo frequente e evidencia que o primeiro horário da programação da emissora carioca se tornou uma dor de cabeça constante, mesmo após a chegada de Ariel Jacobowitz na direção, que tinha como missão justamente reagir à queda de desempenho.

A preocupação é crescente. O Encontro, que já enfrentava resistência de parte do público, agora passou a ser alvo recorrente do quadro “Isso a Globo Não Mostra”, exibido no Fantástico. Ontem (13), pela quarta semana consecutiva, o humorístico alfinetou o programa matinal. Em tom sarcástico, sugeriu que o Encontro estaria “quebrado, rachado, estilhaçado”, uma crítica direta à falta de sintonia e à crise de identidade da atração.

Nos bastidores da emissora, o clima é de inquietação. Cresce a cada semana a sensação de que será inevitável promover uma ampla reestruturação do Encontro já a partir do início de 2026. Diretores, produtores e até nomes do jornalismo têm sido chamados para discutir caminhos possíveis, desde mudanças de formato até a eventual troca de apresentadores.

Enquanto isso, na Record, o Hoje em Dia avança sorrateiro, conquistando espaço e audiência. O crescimento incomoda a Globo não apenas pelos números, mas pela consistência com que o programa vem se mantendo competitivo. A liderança matinal, antes consolidada, hoje é disputada ponto a ponto até a chegada de Ana Maria, com o Mais Você, e a sensação interna é de que, se nada for feito, o jogo pode virar de vez prejudicando toda entrega da grade matinal. Internamente já comenta-se sobre doversos motivos, mas a ordem é clara: a palavra final será dada por Amauri Soares.