Naldo Benny acordou um dia e decidiu que era pouco ser apenas cantor. O homem que jogou bola com Chris Brown e diz ajudar celebridades como Bruno Mars e Madonna, além de outros astros de Hollywood, agora anuncia ao Brasil que vai se reunir com Donald Trump para discutir taxação de produtos e salvar a economia nacional. É o Itamaraty versão funk carioca. E cá entre nós: se a diplomacia mundial fosse conduzida no ritmo de “Amor de Chocolate” com "Wisk e água de coco", o planeta já estaria em paz há muito tempo.
É claro que a internet fez o que sabe fazer de melhor: transformar a declaração em combustível para memes. Afinal, quem não gostaria de ver Naldo chegando à Casa Branca, microfone em punho, cantando “eu quero ser seu namorado” enquanto Trump ajusta a gravata? No meio de tantas notícias pesadas, o Brasil suspirou aliviado: ao menos temos nosso próprio enviado especial, pronto para defender o brigadeiro contra a taxa de importação.
Brincadeiras à parte, há algo de muito fascinante nessa capacidade que Naldo tem de nos arrancar risadas. Ele conseguiu, ao seu jeito, construir um universo paralelo à arte musical, em que tudo é possível: da pelada com astros internacionais à reunião de cúpula com líderes mundiais. É a criatividade brasileira em sua essência, um realismo mágico versão pop. Enquanto o mundo debate recessão e geopolítica, Naldo traz leveza, ainda que involuntária.
E o mais curioso é que, no fim das contas, ninguém puxa energia negativa. Pelo contrário: o Brasil o abraça Naldo e suas declarações. Esperamos por elas, inclusive. Virou um alívio cômico nacional. Em tempos tão duros, é quase terapêutico saber que alguém ainda tem fôlego para nos fazer rir de si mesmo. É como se a cada frase polêmica ele nos dissesse: “relaxa, a vida não precisa ser tão séria”.
Se vai ter reunião com Trump? Pouco importa. O que vale é que Naldo já conquistou um cargo que ninguém mais tira dele: o de embaixador oficial dos memes brasileiros e, agora, nosso diplomata do funk. E, convenhamos, isso é muito mais poderoso do que qualquer acordo comercial, quando se trata de Brasil e o carinho do público.