A apresentadora Hellen Ganzarolli ainda enfrenta um imbróglio criminal envolvendo o ex-namorado César Henrique Kuratomi. O caso, já conhecido pela imprensa, trata da compra de uma Pajero com cheques falsos, entregue a Hellen como forma de pagamento de dívidas. O veículo acabou apreendido pela polícia em 2023 e a investigação segue em andamento. A apresentadora, que afirma no inquérito ter sido humilhada ao ser levada para depor, pede para ser retirada do inquérito e reivindica a devolução do carro, sustentando que a disputa deve ficar restrita entre César e o vendedor. O carro está preso no pátio da delegacia há três anos aguardando até a justiça criminal decidir quem é o verdadeiro dono.
Após a polícia confirmar que documentos foram fraldados pelo ex, Hellen está sendo intimada novamente no processo pela polícia, que por orientação do MP aguarda a manifestação de Hellen sobre se pretende ou não representar formalmente contra o ex por estelionato, o que definirá os rumos da investigação, deixando de figurar na investigação como "averiguada", passando a ser vítima. Embora a apresentadora já tenha feito um registro de violência patrimonial e psicológica contra o ex na Delegacia de Atendimento a Mulher, a Policia Cívil ainda aguarda o parecxer da apresentadora sobre a representação formal contrea o ex pelo crime de estelionato para dar andamento a investigação, que pediu mais prazo antes de ser concluída.
O que ainda não havia vindo à tona é que, além do prejuízo de R$ 180 mil, Hellen teria sido envolvida em uma segunda fraude, desta vez relacionada à compra de um Maserati Levante SQ4 avaliado em R$ 750 mil. O negócio, feito por César, não teve sequer a primeira parcela paga, levando à rescisão do contrato e devolução do veículo à loja de luxo. No entanto, ao tentar revender o carro, a empresa descobriu que havia uma alienação fiduciária registrada em nome de Hellen e do Banco Bradesco, sem a devida documentação, o que gerou a ação judicial.
Em contato com a defesa de Hellen, o escritório explicou que, ainda durante o relacionamento, César solicitou e manipulou a apresentadora para que ela fosse ao banco solicitar R$ 650 mil para o financiamento do veículo. Ocorre que a apresentadora e o banco colocaram o valor na conta de César, que havia fechado a venda do carro, por fora, direto com a loja. Além de não pagar a loja logo na primeira parcela combinada, César desapareceu com o dinheiro. Sem avisar nada para a apresentadora, antes de sumir com o dinheiro, ele devolveu escondido o carro à loja. Dessa forma, Hellen ficou com a dívida no banco e também sem o carro. Ela vem pagando frequentemente as parcelas do financiamento ao banco, sendo que o carro foi tirado da sua posse.
A loja acabou processando a apresentadora, o ex, e o banco, alegando que o carro está alienado em nome de Ganzarolle e do banco, e por isso, mesmo tendo sido devolvido há três anos, o estabelecimento não consegue vendê-lo devido ao embróglio documental do veículo.
Na disputa, a loja pede R$ 80 mil em indenização por danos materiais e morais, alegando que tanto Hellen quanto o banco teriam contribuído para a fraude. O Banco sustenta que agiu corretamente e seguiu os trâmites legais, enquanto Hellen alega ter sido enganada por César, que teria realizado toda a transação em seu nome sem o devido conhecimento da real situação do contrato. O ex-namorado foi citado, mas, assim como na investigação criminal referente ao outro carro, sequer apresentou defesa e segue desaparecido dos autos processuais, sem consequir ser intimado pela justiça todos esses anos.
Neste segundo caso referente ao automóvel de R$ 750 mil, em primeira instância, a Justiça concluiu que houve fraude por parte de César e reconheceu falhas do banco ao registrar o gravame sem a documentação essencial. Por isso, fixou indenização de R$ 20 mil contra a instituição financeira, mas absolveu Hellen, entendendo que ela também foi vítima do golpe. No entanto, a apresentadora não conseguiu garantir a posse do veículo, conforme pedido na Justiça, já que o contrato original foi rescindido pela inadimplência.
O banco recorreu, afirmando que também foi vítima e acusando Hellen de ter se vinculado conscientemente ao financiamento, inclusive autorizando que valores vultosos fossem repassados diretamente a César.
Já Hellen também recorreu da sentença, embora absolvida. A artista apelou alegando que comprou o veículo de boa-fé e que, após por estar bacando o banco e ter dado o empréstimo todo para compra do veículo, teria agora direito à propriedade.
O caso passou então ao crivo do Tribunal, que avaliou haver pontos obscuros e sem prova suficiente, sobretudo quanto ao real grau de conhecimento da apresentadora na transação. Diante das contradições e da necessidade de ouvir testemunhas, os desembargadores anularam integralmente a sentença e determinaram que o processo volte à fase inicial, com mais apresentação de provas por parte de todos os lados. De acordo com os desembargadores, as partes pediram o deferimento de provas, que não foram aceitos pela justiça de primeiro grau, o que teria caracterizado, segundo o corpo colegial superior, uma omissão em relação ao andamento do processo. Os desembargadores também embasaram a anulação da sentença sob o argumento que todas as partes pediram testemunhas, e que a juíza também negou, o que configura cerceamento de defesa.
Com isso, a batalha judicial segue aberta, envolvendo a apresentadora, seu ex-namorado e o banco, em um imbróglio milionário que ainda promete novos capítulos. O processo referente ao carro e calote sofrido pela apresentadora de R$ 750 mil retorna a fase inicial, enquanto, na Justiça criminal, o carro de R$ 200 mil segue há três anos no pátio aguardando uma decisão sobre quem, afinal, deve ter o carro de volta.
Além desses dois processo (criminal e civel) existem outros processos da apresentadora, dessa vez contra o ex-namorado, tanto criminais e civeis, que permanecem em segredo de Justiça. Ainda em contato com o escritório jurídico que atende Helen Ganzarolle, o prejuízo da qual a apresentadora foi vítima, somando outros processos, ultrapassa "bem mais do que R$ 1 milhão.