Alessandro Lo-Bianco
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Globo rompe tradição: novo modelo para âncoras do Jornal Nacional

Tralli não sabe, mas após saída de Bonner conselho se reúne e põe fim à ideia de cadeira vitalícia: "rodar a cada cinco anos"

César Tralli é o novo âncora titular do Jornal Nacional
Foto: Reprodução/TV Globo
César Tralli é o novo âncora titular do Jornal Nacional
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A Globo tomou uma decisão histórica em relação ao Jornal Nacional. No momento, provavelmente a emissora vá negar a informação, como também negou inicialnmente a saída do âncora, noticiado dois meses antes, em primeira mão, pela coluna. Em uma reunião recente para tratar de contratos do telejornal, a emissora decidiu encerrar de vez a prática de manter âncoras em cargos vitalícios, como ocorreu com William Bonner, considerado o último jornalista a ocupar a cadeira de forma permanente.

A mudança foi classificada como uma nova possibilidade de gestão nos bastidores do Jornal Nacional, e marca um novo ciclo no principal noticiário do país. Segundo fontes internas, a escolha da Globo foi clara: o próximo titular foi declarado César Tralli, mas com uma previsão estabelecidade, de forma ainda velada, para um período de cinco anos, ou seja, novas mudanças poderão ser feitas a partir de 2030.


Ao contrário do que acontecia anteriormente, a emissora deseja imprimir uma dinâmica de renovação periódica a cada cinco anos na bancada do telejornal. A expectativa é de que, ao fim desse ciclo, haja uma nova troca, em sintonia com o momento político, social e midiático do país.

Os planos da Globo não se limitam ao presente. Já há um movimento estratégico para preparar o futuro do Jornal Nacional. A emissora sinalizou que Nilson Klava, atualmente no exterior, deve retornar ao Brasil dentro de quatro anos com vasto escopo de política internacional. Nesse período, ele deve acumular ainda mais experiência, consolidando-se como um nome de peso para assumir a cadeira quando chegar o momento de uma nova transição a partir de 2030.

Com isso, o Jornal Nacional pode estar inaugurando uma era de mandatos definidos, quebrando uma tradição de décadas. A decisão, embora surpreendente, reflete a busca da Globo por manter o telejornal alinhado às transformações do jornalismo e ao perfil de um público cada vez mais exigente e plural. O movimento mostra também que a emissora pretende garantir vitalidade e modernidade ao seu principal produto jornalístico.