O ator Wagner Moura ingressou na Justiça do Rio de Janeiro contra a proprietária do Bar Bukowski, uma famosa casa de Rock na Zona Sul do Rio. O artista alega ter sido vítima de um calote dado pela dona do espaço, que teria deixado de pagar durante um ano os aluguéis mensais referentes ao contrato de locação da sua mansão no bairro do Humaita, na Zona Sul da cidade.
A coluna teve acesso exclusivo ao processo. De acordo com os documentos enviados à Justiça, o artista disponibilizou uma mansão de sua propriedade para empresária morar. O contrato de locação firmado entre os dois estipulava o pagamento de R$ 18 mil reais a serem pagos todo dia 15 de cada mês durante 30 meses.
Ainda segundo o processo, a empresária parou de pagar os valores devidos a partir do início do ano de 2020, mas continuou morando na mansão ao longo de todo ano. De acordo com o ator, somente em fevereiro do ano seguinte (2021) a proprietária do Bukowsk efetuou a entrega das chaves do imóvel locado, contudo, não pagou as parcelas referente aos meses de aluguél e nem as cotas do IPTU.
Wagner Moura informou a juíza que precisou ingressar na Justiça diante da inércia da proprietária para realizar os pagamentos e apresentou uma planilha detalhada referentes às dívidas deixadas em sua mansão. De acordo com o artista, o valor devido está em R$ 261.673,22, que inclui o valor líquido dos aluguéis vencidos, acrescido de multa, juros de mora e correção monetária, e descontado o Imposto de Renda incidente sobre a locação.
O Bairro do Humaitá sempre foi uma região bastante procurada pelos artistas. Primeiro porque é uma região que engloba muitas casas com ruas localizadas em partes mais altas da cidade, o que oferece silêncio e bastante tranquilidade e mais qualidade de vida aos moradores do bairro. Além de ser um bairro extremamente residêncial, está localizado também numa região que funciona como uma passagem entre outros importantes bairros da cidade - como Botafogo - para a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Jardim Botânico. A região concentra também uma boa quantidade de bares e restaurantes, a exemplo da Cobal do Humaitá. Basta subir um pouco pelo bairro que diversos micos podem ser vistos desfilando pelos postes e árvores da região, além de concentrar inúmeras espécies de passarinhos. Diversas casas no bairro são feitas para terem um vista posicionada para o Cristo Redentor. No Rio, há uma expressão que fala que morar no bairro do Humaitá é morar no "sovaco do Cristo".