Após receber uma medida protetiva que afastou de casa o DJ Ivis pelos próximos seis meses, a ex-esposa do músico, Pamela Gomes de Holanda, fez novos pedidos à Justiça que serão apreciados nos próximos dias pelo juíz. Pamela afirmou que o marido saiu de casa em função do cumprimento da medida deixando apenas R$ 8 reais para o seu sustento e o da criança (a filha do casal que tem nove meses), e que foi forçada a assinar procurações para que ele fizesse negociações em seu nome. Ele relatou temer que, em posse dessas procurações, o DJ possa promover o "esvaziamento e a transferência de bens" do casal durante esse tempo.
A coluna teve acesso exclusivo aos documentos. Por meio do seu advogado, Pamela pede à Justiça a "proibição temporária para celebração de atos e contratos de compra e venda de propriedade sem autorização judicial". Ela pede a anulação de todas as procurações que teria sido forçada assinar pelo marido após o que chamou de "diversas pressões psicológicas".
Ainda de acordo com os pedidos, Pamela solicita a prestação do pagamento de alimentos provisórios e também a prestação de um depósito judicial por danos morais e materiais, tendo em vista que o DJ quebrou um aparelho de celular no valor de R$ 11 mil. Ela também pede que o músico seja proibido de dilvulgar vídeos íntimos seus, bem como quaisquer tipos de postagens que se refiram a ela. Ela também afirmou que outros bens de sua propriedade estão com o DJ, entre eles documentos, a exemplo do seu título de eleitor, óculos de sol, entre outros ítens.
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Relato da vítima feito no Boletim de Ocorrência
O Boletim de Ocorrência por Lesão Corporal Dolosa foi registrado às 21h25 do dia 03. Ele relata as agressões que teriam ocorrido no primeiro dia do mês de julho às 13h. No documento Pâmela diz que se relacionou quatro anos com o músico, com que teve uma filha com nove meses. Ela contou que os motivos das agressões eram sempre banais e motivados por ciúmes.
Pamela relatou às autoridades que ra agredida pelo marido diversas vezes, mas que nunca denunciou. Ela contou à polícia que no dia 01/07 - após o marido chegar de uma viagem - foi mostrá-lo o print de uma mensagem que ele teria trocado com outra mulher e que o DJ quebrou o seu celular. Segundo o relato, ele "esmurrou-lhe pelas costas, segurou-lhe pelo pescoço e a arrastou-lhe até o quarto onde continuou sendo agredida com uma cotovelada no olho." Ela relatou ainda estar com hematomas nas costas, no braço esquerdo, no olho esquerdo e nas pernas. A vítima encerrou o relato solicitando então a medida protetiva.
O Ministério Público manifestou-se favorável às medidas protetivas em razão das agressões físicas, e destacou que o marido atuou com bastante violência. As medidas sugeridas à Justiça pelo MP foram o afastamento do lar e do local de convívio com a ofendida, proibição de aproximação e contato com a esposa, familiares e testemunhas. O Plantão Judiciário acatou todos os pedidos e concedeu as medidas protetivas de imediato, independentemente de audiencia das partes. Essas medidas vão vigorar pelo prazo de seis meses.
Agressões durante a gravidez
Pamela também relatou outros fatos na hora de preencher o Formulário Nacional de Avaliação de Risco de Violência Contra Mulher. A coluna também teve acesso exclusivo ao documento. Ela contou que o DJ já ameaçou ela e familiares com uma faca e que as agressões mais comuns cometidas contra ela eram praticadas com sufocamento, estrangulamento, soco, chute, tapa, empurrão e puxão de cabelo. Ela ainda reforçou no formulário episódios de ciúmes excessivos, e disse que o músico tenta controlar sua vida e as coisas que ela faz, como com quem conversa e as roupas que usa.
Pamela ainda informopu por meio do formulário que o DJ Ivis a impediu de ter acesso a dinheiro, conta bancária, e outros bens como documentos pessoais e carro. Contou tambémque as agressões se tornaram mais frequentes e graves nos últimos meses e dias e que teme o marido por saber que ele tem fácil acesso a armas de fogo. No documento Pamela informou que já tentou e manifestou interesse em se separar do marido. Ainda segundo ela, desde o nascimento da filha, a bebê presencia as agressões do marido contra ela, que teria sofrido também violência durante a gravidez e três meses depois do parto.
Agora a defesa de Pamela aguarda que a Justiça aprecie os novos pedidos enviados e que estão destacados no início dessa reportagem.