Quatro anos após este colunista revelar com exclusividade - por meio de um exame de DNA - que o dentista carioca Igor Palhano era filho do humorista Mussum, a conclusão do processo de paternidade na Justiça ainda está tramitando para uma conclusão, enquanto o inventário segue parado aguardando a finalização do processo de paternidade para entrada do novo herdeiro na partilha.
Fora dos tribunais a relação entre irmãos não foi saudável nos últimos quatro anos. Em contato com a coluna, Igor Palhano detalhou como estão os trâmites judiciais, além de um acordo firmado anteriormente com os irmãos e que acaba de ser rompido, segundo o dentista, pela quebra do combinado por parte dos irmãos.
Sobre o processo de paternidade, Igor conta que a última movimentação foi questionando se o jovem gostaria apenas de adicionar o sobrenome do Mussum a sua certidão, ou substituir pelo sobrenome do padrasto que o registrou.
- Foi um pedido que meu padrasto fez, que eu nunca tirasse o sobrenome dele. Ele me criou e eu nunca faria isso também. Estou pedindo apenas para acrescentar o Bernardes Gomes do meu pai biológico", esclareceu o filho do humorista.
Igor revela também a este colunista um acordo que havia feito com os irmãos e que perdeu a validade. Ele conta detalhes que motivaram o conflito e fala sobre uma nova decisão:
- Quando conversamos lá atrás após toda confirmação do exame de DNA, como eles falaram que toda a partilha já havia sido feita, e que minha entrada no inventário iria atrapalhar mais de uma década de tramitação que estava em conclusão, eu fiz a proposta então que renunciava a toda herança que eles estavam dividindo, e que participaria então somente daqui para frente, mas começaram a me enrolar e ignoram todos os repasses.
Segundo Igor, ao renunciar à partilha da herança, os irmãos teriam combinado que passariam a dividir com ele os lucros atuais e futuros, por exemplo o de um bar feito em homenagem ao pai, além dos lucros relativos aos direitos autorais do Mussum. Entretanto, o dentista conta que os irmãos teriam agido de má-fé:
- Acordamos então que eu renunciaria a tudo, e só estaria inserido daqui para frente. Mas quando fui perguntar sobre a divisão dos lucros relativos ao lançamento do bar me responderam que eu precisava da conclusão do processo de paternidade, da tramitação por completo disso tudo, para conversar sobre o assunto, mesmo com tudo praticamente reconhecido, dependendo apenas dessa conclusão burocrática após o reconhecimento do DNA", conta.
- O combinado foi que eu já poderia receber, mas sumiram depois. Quando eu pergunto dizem sempre que tenho que ver outra coisa antes. Só me procuram quando é algo de processo, quando tem algo sobre o meu pai me excluem e não fazem questão da minha presença entre eles", contou.
Igor conta que vem sendo criticado também pelos irmãos sempre que é procurado para dar entrevistas e falar sobre o pai. Ele foi procurado pela imprensa recentemente para falar sobre o sucesso em torno do filme do Mussum:
- Sempre preferi não falar nada sobre esses conflitos. Busquei quatro anos um laço afetivo, quando me perguntavam se estava tudo bem eu sempre dizia que sim, mas entendi que eles não querem a minha presença, nem dividir nada comigo, nem do passado, nem agora, nem futuramente. Então já comuniquei que não precisam mais me procurar para algo do interesse deles, que chega de teatro, de fingimento. Vou pedir então tudo o que é meu por direito; nem mais e nem menos", disse Igor.
Ainda sobre o combinado - que era começar a dividir os lucros atuais e futuros - Igor esclarece que o sumiço dos irmãos sobre o assunto motivou a tomada de outra decisão:
- Meu advogado pediu a eles uma minuta de tudo que foi recebido no bar atualmente e eles não responderam. A verdade é que não quiseram conviver comigo, não quiseram nada. Tenho minha profissão, estou bem, então assim que o juiz concluir o processo de paternidade vou entrar no inventário e pedir o que é de direito. Se tiver algo a receber, tudo bem. E se não tiver, tudo bem também", concluiu.