A primeira prova de teste esperada pela TV Globo no Big Brother Brasil 24 para receber dados quantitativos sobre o novo sistema de eliminação acabou frustrando a expectativa da emissora para suavizar, ou ao menos equilibrar os votos individuais (por CPF) com os votos de torcida (vota quantas vezes quiser).
De acordo com o resultado da análise feita em cima do processo da primeira votação de eliminação dessa edição, a adesão pelo voto com cadastro de CPF foi 'baixíssima". O percentual não passou dos 5% em relação aos mais de 9 milhões de votos totalizados. Pouco menos de 50 mil pessoas teriam cadastrado seus dados pessoais para efetivar seu voto no jogo.
Ao contrário do que o leitor da coluna possa pensar, o resultado não foi nenhuma novidade para a emissora. Já havia um baixa projeção do canal a respeito do sistema, principalmente pela compreensão atual de que o público teme o vazamento de lista de dados pessoais - com tantos problemas ainda relacionados à segurança digital e o aumento dos golpes e hackeamento nas redes.
A tentativa é boa a longo prazo e visa dar mais força, equilíbrio e igualdade ao jogo. Mas, evidentemente, qualquer jogo que atinge uma comunicação de massa não só deve como necessita se sustentar comercialmente por métricas de votos que, por enquanto, são apenas alcançadas com um sistema amplo e aberto de votos de torcida.
O novo “voto por CPF” é um assunto ainda nascente - no campo da prática -dentro e fora da emissora - que pode sim suavizar as decisões motivadas por largas torcidas na internet. O reality, porém, sabe que inserir a nova dinâmica de voto mantendo a antiga - mantendo assim um sistema de “voto misto” - é a melhor e mais inteligente solução. Esse é um debate que cresce e é discutido de forma extremamente saudável dentro do canal.