Conforme este colunista noticiou há cinco anos, a atriz e campeã de uma das edições de A Fazenda, Bárbara Borges, havia ingressado na Justiça após dar entrada na compra de um apartamento na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que acabou não sendo entregue para atriz conforme combinado em contrato com a construtora.
Na época, Bárbara estava com seu ex-marido e buscava um novo apartamento para a família. Foram anos de luta na Justiça para conseguir a sentença reconhecendo todos os erros da construtora, para enfim ter o direito assegurado acerca do destrato contratual, e obter a restituição dos valores pagos pelo imóvel.
Depois de anos brigando no tribunal, a atriz entrou com um pedido para que a construtora cumprisse e executasse o pagamento. Após diversos embates, Bárbara e a construtora acertaram o ressarcimento de forma parcelada, e o imbróglio parecia ter terminado, uma vez que a construtora já começava a pagar as parcelas na conta da atriz e apresentava em juízo os comprovantes.
Entretanto, em alusão ao escritor Carlos Drummond de Andrade, "no meio do caminho tinha uma pedra" caro leitor. Digo isso porque os valores já haviam sido acertados entre a construtora, o ex-marido da atriz e a artista, quando o advogado do ex-marido de Bárbara atravessou uma petição judicial.
no meio da execução o advogado do ex-marido de Bárbara Borges entrou com uma petição judicial pedindo a interrupção do acordo, uma vez que discordava que os depósitos dos valores ocorressem, exclusivamente, na conta da atriz. O advogado do rapaz pretendia que 50% dos valores devidos fossem disponibilizados a ele e os outros 50% disponibilizados na conta da atriz, e que sem essa condição estaria desistindo do acordo.
A paralisação do processo para que ex-casal discutisse e entrasse novamente em acordo sobre a forma como os valores continuariam a ser restituídos acabou prejudicando o próprio ex-casal, que ficaram sem ver os valores esperados. Enquanto eles brigavam, a construtora alegava que por fatores fúteis, decorrentes do processo de separação iniciado pelos mesmos, "trouxeram desinteligências irremovíveis entre eles, principalmente no que tange à forma de pagamento anteriormente avençada", e que nesse meio tempo havia decretado sua falência e recuperação judicial em razão da pandemia, e que por isso, após intensa discussão do casal nos autos não teria mais como arcar no momento com a dívida.
O ex-casal parece que entendeu a perda de tempo processual com a discussão e rapidamente apresentou uma petição concordando na continuação imediata do pagamento após notarem as novas alegações da construtora, que também acabava de vender o imóvel devolvido pela atriz para terceiros.
O final, certamente surpreendeu e não foi o esperado para Bárbara Borges e seu marido. O Tribunal de Justiça emitiu uma sentença que, mesmo considerando o fato de o apartamento ter sido vendido antes do destrato pela empreiteira, nada teria relação com o fato da empresa ter decretado recuperação judicial, e por isso o pagamento da dívida foi congelado pela Justiça, e uma certidão de crédito expedida ao ex-casal.