Durante a edição do Big Brother Brasil 23, enquanto Davi Brito ainda estava confinado na casa, uma polêmica veio à tona envolvendo sua então namorada, Mani Reggo. A imprensa revelou que Mani, juntamente com outras pessoas - inclusive com conexões políticas - articulou a entrada no registro da marca “Davi e Mani” no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A iniciativa gerou grande repercussão, pois Davi sequer tinha conhecimento da movimentação, levantando questionamentos sobre a intenção por trás do registro e se haveria um aproveitamento estratégico da popularidade crescente do participante dentro do reality show. A situação acendeu um debate sobre ética e lealdade, uma vez que ele ainda estava confinado e impossibilitado de opinar ou autorizar qualquer uso de sua imagem e nome para fins comerciais.
Após a revelação do caso pela imprensa, a repercussão foi imediata e intensa, levando a uma série de reflexões sobre os limites entre apoio e interesse comercial em relacionamentos de participantes de realities. Diante da controvérsia, Mani e as pessoas envolvidas na tentativa de registro voltaram atrás e desistiram do processo no INPI.
O episódio acaba de ser explorado na Justiça. Em última audiência - quando Davi e Mani ficaram cara a cara - o advogado de Davi cobrou uma saisfação de Mani durante a audiência que teve por objetivo colher depoimento do ex-casal e também das testemunhas arroladas.
Somente para situar e relembrar melhor o nobre leitor, a decisão de recuar aconteceu em meio à crescente pressão pública e ao debate sobre a autonomia de Davi na gestão de sua própria imagem após sair do confinamento. O episódio marcou um dos momentos mais discutidos da temporada, evidenciando como a projeção midiática de participantes do Big Brother Brasil pode atrair interesses externos e provocar dilemas éticos sobre o uso da identidade e do nome de alguém sem seu consentimento direto.
Da mesma forma que Mani e sua equipe desistiram do registro de “Davi e Mani” após a repercussão negativa, outro episódio semelhante ocorreu quando o humorista Toninho Calabresa percebeu que ela e sua equipe também estavam tentando registrar a frase “Calma, Calabreso” no INPI. A expressão, popularizada pelo comediante, estava sendo apropriada sem sua autorização, o que gerou grande indignação. O caso rapidamente se tornou pauta de diversos veículos de comunicação, e a repercussão foi tão intensa que, em menos de 24 horas, diante do constrangimento público e da pressão, Mani e sua equipe também recuaram e desistiram do pedido de registro. Esse novo episódio reforçou as críticas sobre a forma como Mani e seus aliados naquele momento lidavam com oportunidades comerciais, levantando mais questionamentos sobre os limites éticos da exploração de marcas e expressões sem o devido reconhecimento ou consentimento de seus criadores originais.
Direto e reto, o advogado de Davi Brito abriu a pergunta para Mani durante a audiência:
- A senhora registrou alguma marca "Mani e Davi" com um coração, sem autorização do Davi ? - questionou o advogado.
Nos autos, foi registrado a resposta da ex-namorada do campeão:
- Vamos lá, o que ocorreu: ele era favorito do programa, ela não era ganhador do programa. E tudo que eu fiz foi para proteger o nosso patrimônio, como eu falei e vou repetir: não utilizei, não ganhei, e não comercializo nada em relação ao meu nome e Davi. Apesar de eu ser referida como 'a Mani do Davi', aquela marca foi criada para proteger a nossa família, porque a gente era uma família - argumentou Mani.
Para que o caro leitor também se relembre, na época, a imprensa também revelou que, por trás do registro dessa marca, havia uma estratégia comercial visando faturar milhões com a venda de camisetas estampadas com o nome de Mani e Davi dentro de um coração vermelho. A blusa viralizou com o empresário Fritz Paixão, quando o mesmo exacerbou uma sequência de stories com camisa no Rio, dia da final do reality.
O que fica como ponto de dúvida nos bastidores é: de que maneira uma marca com um coração e os nomes Davi e Mani poderia, de fato, proteger um patrimônio? Além disso, questiona-se como um registro no INPI do nome Davi e Mani —que sequer participou do Big Brother Brasil—poderia ter essa finalidade.
Profissionais que cobriram o caso na época garantem que, naquele momento, a justificativa de “proteção de patrimônio” não se sustentava, já que Davi ainda não havia sido consagrado campeão e, portanto, não possuía um patrimônio consolidado.
O que se evidenciava, na realidade, segundo se comenta entre alguns profissionais da imprensa que exploraram apurações em cima do caso, era uma suposta intenção de lucrar com a venda de camisetas e outros produtos estampados com a logomarca, explorando assim a popularidade crescente do casal enquanto o reality ainda estava entrando na reta final. O INPI da marca foi registrado na categoria 'administração comercial" de "produtos e serviços". Na época, a marca que colocou a razão social solicitando com Mani o registro foi o Instituto Maria Preta.