Alessandro Lo-Bianco

Padre Fábio: o retorno que a Páscoa merecia

Padre Fábio de Melo retorna aos palcos da TV com a delicadeza e a fé que o tornaram tão necessário

 Padre Fábio de Melo
Foto: Foto: Reprodução / Instagram / @pefabiodemelo
Padre Fábio de Melo


Neste domingo de Páscoa, quando o coração já se inclina naturalmente à esperança e à renovação, fomos presenteados com uma surpresa carregada de simbolismo: o retorno de Padre Fábio de Melo aos palcos e à televisão. Depois de períodos de silêncio e preocupação por parte de seus admiradores, foi emocionante vê-lo novamente, com o mesmo brilho sereno no olhar, mas agora carregando uma força ainda mais visível — aquela que nasce da travessia.

Não poderia haver momento mais significativo para esse reencontro. A Páscoa fala de renascimento, e ele renasceu diante de nós. Não com estardalhaço ou com palavras vazias, mas com a sobriedade de quem conhece a dor e escolhe seguir com leveza. A mensagem que deixou foi mais que bonita — foi necessária. Ele falou sobre a vida, sobre fé, sobre continuar mesmo quando se está ferido. E isso, mais do que qualquer sermão, é o que toca profundamente, porque é genuíno e verdadeiro. 


Durante seu tempo afastado, Padre Fábio fez falta. Não só como figura pública, mas como alguém que sempre soube usar as palavras para acolher e curar. Muitos se perguntaram se ele voltaria à TV logo. E agora, vê-lo de volta, mesmo que ainda com certa cautela, nos lembra que o verdadeiro retorno não é o do corpo, mas o da alma que reencontra sentido no gesto de seguir.

O reencontro dele com o público no palco do Domingão não foi um espetáculo — foi um abraço. Um abraço feito de música, de silêncio, de fé. E em um país tão marcado por tensões e ruídos, ter de volta alguém que nos ensina a olhar para dentro é mais do que um alívio: é um sinal. Um sinal de que ainda vale a pena acreditar no tempo, na cura, e na delicadeza como ferramenta de resistência.

Que ele siga voltando no seu tempo. E que a gente siga acolhendo essa volta com o respeito que ele merece. Porque num mundo que tantas vezes grita, a voz mansa de quem fala com verdade tem o poder raro de nos lembrar do essencial. E neste domingo de Páscoa, essa volta foi um presente.