Alessandro Lo-Bianco
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Barraco com Renato Góes e vizinho termina na Justiça

Galã está sendo acusado de 'grilagem'. Vizinho diz que teve terreno invadido e riacho cercado ilegalmente. Perita nega

Divisa das casas
Foto: Reprodução processual
Divisa das casas


Um aposentado de 70 anos está processando na 6º Vara Cívil do Rio de Janeiro a atriz Thaila Ayala e o marido Renato Góes de Oliveira. Frederico Rufilo de Oliveira é vizinho da artista no bairro do Itanhangá, na Zona Oeste do Rio, e acusa a atriz e o marido de 'Grilagem ilegal' tomando um curso de água de uma área não edificante pra si. A ação tem o valor de R$ 100 mil.

De acordo com o processo, o aposentado afirma à Justiça que o terreno da sua casa e da mansão do casal são delimitados (de acordo com os registros dos imóveis) por um riacho, onde passa um curso natural de água. E segundo o aposentado, o terreno foi dividido nas escrituras de forma que os dois imóveis pudessem compartilhar uma pequena queda de água dentro do Condomínio.


Frederico acusa o casal de desrespeitar a legislação e causar danos ambientais dentro de um perímetro que, segundo ele, estaria proibido de receber edificações. É justamente nessa área que ele aponta a suposta construção irregular de um muro que também teria avançado sobre o seu terreno reduzindo sua metragem e impedindo o seu acesso também ao curso da água.

Entre várias acusações, o vizinho do casal diz que Thaila Ayala e o marido expandiram também "a metragem quadrada do terreno por meio da criação de uma laje sobre o curso d’água - que é usada como uma espécie de deck da piscina - onde é possível colocar móveis e outros utensílios".

O aposentado pede agora que a Justiça determine "a demolição imediata do muro construído irregularmente sobre seu imóvel arcando com todos os custos necessários sem causar mais danos ao seu terreno". Ele ainda pede a determinação da reintegração da posse do trecho do seu terreno e o retorno da sua família ao acesso do curso de água que separava as duas casas, além de uma indenização de R$ 100 mil.

As trocas de acusações no processo já estão beirando a 'baixaria'. Em um dos trechos, o aposentado fala sobre Thaila Ayala, desconsiderando qualquer tipo de respeito à atriz: "A parte ré não está preocupada em corrigir qualquer eventual irregularidade que não fosse de seu conhecimento quando da compra de sua atual residência, sua prioridade, na verdade, é exibir na mídia quão bela é a sua “cachoeira particular”, diz uma parte do processo em tom de deboche.

Para avaliar preliminarmente o caso a Justiça constituiu uma perita. Ela foi ao local e constatou que não houve qualquer tipo de invasão nas terras adquiridas pelo casal. A perita ainda frisa que, no documento de compra e venda do imóvel, há uma cláusula cristalina que diz: "Os PROMITENTES VENDEDORES cederão para os PROMITENTES COMPRADORES, a área integral do riacho."

Outra surpresa é apontada no processo. O vizinho que reclama era dono dos dois terrenos. Ainda de acordo com os documentos apontados pelo casal de artistas, o terreno foi vendido para o antigo morador pelo próprio vizinho delimitando que o riacho estaria na posse apenas dos novos comprados, de acordo com os registros em cartório.

Neste momento, Renato Góes e Thaila Ayala pedem a validação da conclusão do perito, e que o processo seja julgado improcedente. Já o aposentado tenta contraditar e invalidar o laudo da perita, acusando a profissional de ser falha e omissa em seu ofício, o que acabou resultando também em uma dura resposta por parte da perita, que defendeu a validação do seu trabalho. A justiça se prepara para emitir em breve a primeira sentença do caso.