
No dia 13 de agosto de 2024, o jornalista Lucas Lobo Pereira transitava com seu VW Fox pela Marginal Pinheiros, em São Paulo, quando foi vítima de um engavetamento. Segundo a ação judicial e boletim de Ocorrência, o veículo conduzido por Ana Cláudia Boccardi, uma Land Rover Discovery, colidiu na traseira de seu carro, que por sua vez atingiu o veículo à frente. A ocorrência registrou a dinâmica do acidente, que causou danos na dianteira e na traseira do veículo de Lucas. A responsabilidade pelo sinistro teria sido prontamente assumida pelos envolvidos.
Desde o início, todas as tratativas para o reparo foram conduzidas com Rodrigo Bocardi, segundo réu na ação. Embora Lucas tenha apresentado orçamentos para o conserto, Rodrigo teria imposto que o reparo fosse feito em oficina mais barata, por R$ 8.500, sob o argumento de que o autor deveria arcar com a diferença caso insistisse em usar outro mecânico que não fosse o seu mecânico de confiança. Lucas alega que foi tratado com rispidez e grosseria durante as conversas e enviou diversos prints da conversa à Justiça. Mas, apesar da desconfiança, acabou aceitando a solução proposta por Bocardi, que prometeu a entrega do veículo em menos de um mês. Entretanto, o carro permaneceu retido por 127 dias, até que, após o ingresso da ação judicial, foi finalmente devolvido mas, segundo Lucas, ainda com falhas evidentes. As fotos do carro muito mal consertado são gritantes e foram enviadas à Justiça.
Sem o automóvel por mais de quatro meses, o autor afirma ter acumulado prejuízos financeiros com transporte por aplicativo, além da privação de conforto e privacidade. Ele agora pede na Justiça de Osasco R$ 64.462,84 entre indenizações por danos materiais (R$ 7.463,33), danos morais (R$ 15 mil) e multa contratual diária de R$ 500, que já somaria R$ 42 mil. Isso porque uma multa diária teria sido estipulada em contrato direto com a família de Bocardi antes da entrega do carro para o conserto com o mecânico da confiança do jornalista.
Na ação, Lucas protesta agora pelo direito de reparar o carro com profissional de sua confiança e se diz lesado pela postura inflexível do jornalista Rodrigo Bocardi. Ele afirma que Rodrigo garantiu a qualidade do serviço que, no fim, não foi entregue conforme prometido. As falhas persistentes no veículo são agora objeto de novo orçamento em oficina particular, enquanto a ação tramita com o objetivo de reparar as perdas acumuladas.
Rodrigo Bocardi, por sua vez, se defende dizendo que não tem responsabilidade direta sobre os prazos ou problemas da oficina indicada, e sustenta nos autos que as falhas decorreram da logística do mecânico de confiança e da disponibilidade de peças. A defesa alega ainda que houve boa-fé na condução do caso e nega qualquer agressividade nas tratativas. O caso deve ter em breve um desfecho judicial. As trocas de farpas dentro do processo já começaram a pesar além do normal.