
Patrocinadores de peso têm feito chegar à alta cúpula da Globo sinais claros de insatisfação com a performance da segunda edição de um programa considerado estratégico para o calendário comercial da emissora: O Estrelas da Casa. Atenta as queixas, a Globo chegou a levar Xuxa, Angélica, Eliana, e agora Maísa, mas o mercado ainda não ficou satisfeito com as projeções prometidas.
A expectativa inicial era de que a atração alcançasse projeção significativa nas redes sociais, impulsionando engajamento e ampliando o alcance das marcas apoiadoras. No entanto, os números até aqui não têm correspondido às projeções apresentadas na fase de negociação e as queixas continuam chegando ao departamento comercial do canal.
Sgundo fontes ligadas ao mercado publicitário que atuam dentro do canal, "o apelo da atração tem se mostrado limitado fora da TV aberta, justamente em um momento em que anunciantes priorizam métricas digitais para medir impacto de mídia. A ausência de repercussão orgânica nas plataformas sociais compromete a entrega contratada e gera um clima de cobrança direta, com exigências de maior presença das estrelas da casa para alavancar relevância", explicou.
Esse movimento reflete uma tendência do mercado: não basta audiência linear, é preciso gerar conversa, compartilhamento e inserção no fluxo de consumo digital. Os patrocinadores entendem que a Globo possui um elenco robusto e capaz de mobilizar atenção, mas avaliam que a emissora tem sido cautelosa em explorar esse capital humano de forma mais contundente dentro da atração. Essa percepção tem alimentado o desconforto, sobretudo porque a concorrência já estrutura formatos híbridos, com repercussão espontânea no digital.
Nos bastidores, o recado é claro: os parceiros comerciais esperam entregas que ultrapassem a tela da TV e convertam exposição em impacto mensurável. Para a Globo, o desafio será recalibrar a equação entre prestígio artístico, inovação e resultado prático, de modo a recuperar a confiança dos patrocinadores, se o reality chegar a terceira edição. Caso contrário, a sustentabilidade da próxima edição pode ser comprometida.