
As vinhetas de fim de ano da Globo, que tradicionalmente marcam o encerramento das atividades da emissora com tom de celebração e união, acabaram causando dores de cabeça nos bastidores. O projeto, que começou a ser produzido há poucas semanas, envolveu recortes, gravações aceleradas e muita exposição nas redes sociais, mas o verdadeiro tumulto começou quando foi revelado que a emissora pretendia arrecadar até R$ 10 milhões com os vinhetas deste ano, agora patrocinadas por grandes marcas.
A informação gerou desconforto entre parte do elenco, especialmente os veteranos. Onze nomes convidados para participar das gravações recusaram o convite, enviando à produção links das reportagens sobre o novo modelo de patrocínio como justificativa. A resposta foi clara: sem cachê, nada feito. A Globo, que esperava contar com a força simbólica desses rostos históricos, precisou agir rapidamente para não comprometer o cronograma das filmagens.
Como este colunista revelou revelou em primeira mão, alguns apresentadores ganharão vinhetas individuais com marcas específicas: Ana Maria Braga, por exemplo, deve aparecer em uma peça com uma empresa de alimentos, enquanto Luciano Huck associará sua imagem a um banco. A iniciativa, que reforça o novo modelo comercial da emissora, também expôs o mal-estar interno sobre a falta de pagamento direto aos talentos.
Nos bastidores, a correria foi intensa, mas o clima agora é de alívio. A Globo conseguiu substituir os nomes que recusaram e concluir as gravações dentro do prazo. Ainda assim, fica o recado: se você foi chamado de última hora para participar das vinhetas deste ano, não se iluda com o convite: talvez tenha apenas entrado em campo para cobrir a ausência de quem decidiu não gravar sem cachê.
