Banco culpa Renato Aragão por não fiscalizar devidamente funcionário acusado de desviar mais de R$ 3 milhões da produtora da família
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Banco culpa Renato Aragão por não fiscalizar devidamente funcionário acusado de desviar mais de R$ 3 milhões da produtora da família


Conforme noticiado por este colunista em primeira mão, o humorista Renato Aragão e a esposa Lilian denunciaram à delegacia um ex-funcionário da Renato Aragão Produções pelo desvio de mais de R$ 3 milhões dos lucros da produtora . O artista também processou o banco por falhas na segurança e pediu em juízo que a instituição financeira devolva o valor desviado por Alexandre Reis Costa. O antigo agente administrativo da empresa de Renato Aragão teria falsificado cheques que levavam a assinatura do humorista para ter acesso ao montante na agência. Mas o eterno trapalhão não deverá conseguir tão fácil a restituição do dinheiro. Isso porque o banco culpa agora Renato Aragão pela confusão e diz que não deve se responsabilizar pelo caso.

De acordo com a contestação apresentada pelo banco a falha teria ocorrido por conta da Renato Aragão Produções. A agência alega que a falha de fiscalização é culpa do humorista e da esposa, que deveriam ter fiscalizado melhor o ex-funcionário. O banco aponta que Alexandre Reis Costa era o funcionário responsável pelas movimentações financeiras e que foi indicado no banco pelo próprio Renato Aragão como o funcionário da empresa responsável pelo pagamento das contas da produtora. O banco ainda alega que há 18 anos Alexandre trabalhava na Renato Aragão Produções recebendo inteira confiança do trapalhão.


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Segundo a denúncia do Ministério Público Alexandre teria falsificado cheques da empresa assinados por Aragão adulterando para o seu próprio nome o campo dos beneficiários no cheque. A perícia constatou que os cheques estavam adulterados e esse é o principal argumento de Renato Aragão para culpar a agência pela falta de segurança. Entretanto o banco rebateu Renato Aragão afirmando que Alexandre era autorizado pelo próprio humorista a realizar movimentações financeiras envovendo talões de cheques. 

Renato guardou as folhas de papel carbono de cada cheque assinado. As folhas ajudaram a comprovar a fraude. O nome de Renato como beneficiário era trocado pelo do ex-funcionário
Reprodução documental
Renato guardou as folhas de papel carbono de cada cheque assinado. As folhas ajudaram a comprovar a fraude. O nome de Renato como beneficiário era trocado pelo do ex-funcionário


Gerente diz que Alexandre sempre foi responsável pela conta da empresa 

Uma das gerentes do banco responsáveis pela conta da empresa de Renato Aragão prestou depoimento e reforçou que Alexandre era o único que tinha autorização da empresa para estar a frente das transações da produtora junto ao banco. Segundo relato de Roberta Rodrigues: “Desde o início da minha atuação na agência percebi que todas as comunicações relativas às contas correntes eram realizadas pelo Sr. Alexandre Reis Costa, funcionário de confiança dos Srs. Renato e Lilian, encarregado das operações financeiras da empresa. Os telefones cadastrados no nosso sistema eram apenas o telefone fixo da empresa e o telefone celular do Sr. Alexandre."

Funcionário roubou documentos da empresa um dia antes da demissão


Outro argumento do banco para sustentar a tese de que a culpa pelo desvio do dinheiro teria partido da falta de fiscalização do próprio Renato Aragão em relação ao seu ex-funcionário citou as imagens do circuito interno de segurança da empresa do humorista. O banco argumentou que os equipamentos flagraram Alexandre, na noite anterior da demissão, ingressando nas dependências da Renato Aragão Produções Artísticas e retirando pilhas de documentos com auxílio de um carrinho repleto de pastas e arquivos, "com claro intuito de encobrir provas dos ilícitos perpetrados contra as vítimas”. 

Sobre o recebimento dos cheques falsificados por Alexandre Reis, o banco argumentou que teria confirmando a compensação dos valores com os telefones da Renato Aragão Produções e reforçou que o pedido de Renato Aragão e a esposa devem ser invalidados pela Justiça. O argumento não deve ser aceito pelo juíz, uma vez que a confirmação pelo telefone foi relativa aos valores do cheque. Isso porque Alexandre não adulterou os valores, e sim trocou o nome de Renato e Lílian do talão e colocou seu próprio nome como beneficiário para receber na agência o dinheiro relativo aos lucros do casal.

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