A coluna traz essa semana uma super entrevista com a cantora e compositora Roberta Campos. A artista acaba de lançar seu novo álbum e já está de volta aos palcos. 'O amor liberta' é um trabalho profundo e que carrega 11 músicas com mensagens profundas para o momento atual.
São composições inéditas e autorais que trazem parcerias com grandes nomes da música brasileira como Luiz Caldas, a banda Natiruts, Di Maria e Humberto Gessinger. Esse é o quinto disco de Roberta Campos, que generosamente atendeu nossa coluna para explicar melhor sobre a composição desse lindo trabalho. Confira!
Como foi a produção desse trabalho em plena quarentena?
Eu comecei a fazer a seleção desse repertório no final de 2019 para entrar no estúdio em maio de 2020. Veio a pandemia e eu tive que jogar mais para frente. Nesse tempo eu comecei a compor mais. Então fui mudando algumas canções feitas em 2019, como por exemplo 'Por um mundo que virá', que é a primeira do disco, mas foi a ultima a entrar nele. Então eu tive algumas alterações no decorrer deste tempo. A produção é do Paul Ralphes. Convidei ele para estar comigo nesse trabalho e fiquei muito feliz porque é a primeira vez que a gente faz um disco cheio juntos. Tivemos uma pequena experiência em 2019 com a música “Fique na minha Vida”, com participação do Vitor Kley. Eu achei incrível o modo como ele trabalha e já era fã dele desde os últimos discos que ele fez, como alguns acústicos MTV. Então eu venho com esse disco um pouco diferente em relação aos trabalhos anteriores.
Fale mais sobre essa diferença entre os trabalhos anteriores...
É um disco mais pulsante e que tem uma forma diferente de executar os instrumentos. Um disco mais cheio. Eu trouxe várias influências do Jazz e do Blues; e também instrumentos de sopro. Então ele tem essa proposta um pouco diferente do que eu já tinha feito.
E como você avalia o resultado final de toda essa nova composição que você agora entrega de presente para o seu público?
Eu estou muito contente como resultado. É um disco que traz uma mensagem de resiliência, de amor próprio, de coragem e força. E é o que a gente vai precisar muito nesse momento. Mas em especial eu falo muito desse meu momento; o nome do disco vem da canção 'O vento que leva', que tem a seguinte frase: “O amor ensina e liberta”. O nome do álbum foi tirado dessa frase e eu acredito muito nisso. A minha vida tem tomado um caminho, um equilíbrio que parte justamente desse amor próprio; Ele acaba reverberando em tudo em nossa vida. Então foi por isso que eu dei esse nome para o disco e estou muito feliz com o resultado final.
Em todos os seus trabalhos a gente percebe que você fala sempre sobre o amor...
Você viu?
É engraçado que desde a primeira música que eu fiz na minha vida eu falo sobre o amor. Eu gosto de falar sobre o amor. O amor no todo, não somente o amor referente aos relacionamentos, mas o amor pela vida. É o que me move. Acho que tudo o que a gente faz com amor e gratidão move a nossa vida. Para mim o amor é o que me move. O amor pela música, pelas pessoas, o amor pela minha vida. Está no amor a mensagem que eu quero levar para as pessoas.
E que mensagem é essa? Que tipo de amor você quer colocar no seu público hoje?
É o amor que faz com que a gente aprenda o limite das pessoas, o espaço das pessoas. A gente aprende a observar o outro de outra forma, sentir o outro de outra forma também. E consequentemente a gente se coloca no mundo de forma mais leve também.
Nós adoramos a música 'Miragem', que foi feita em parceria com o Natiruts. Como aconteceu essa parceria e como foi feita essa canção?
Eu fiz essa música no início de 2020. E quando fiz a canção e fui experimentando ela percebi que seria legal uma voz sobrepor a outra, dando a intenção de uma conversa. Então fiquei por um tempo pensando quem eu poderia chamar pra participar comigo. Até que um dia no carro, ouvindo o rário, começou a tocar uma música do Natiruts. Essa música tem uma vibe muito parecida com a deles, um reggae pop, tem esse astral. eu já falava com o Alexandre pelo WhatsApp, então mandei essa demo para ele e fiz o convite. Ele aceitou e falou que o tom estava ótimo. Eu fiquei super feliz porque combinou muito! É demais ter o Natirutis na minha discografia e na minha história, por ser uma banda que amo desde o inicio, quando eles ainda tinham o nome de Nativos.
Tem tantas parcerias legais nesse seu novo álbum. Você sonha em ter ainda uma parceria com alguém?
Tem um monte de artistas que eu gosto muito. Eu sou apaixonada pelo Djavan. Tenho muita vontade de fazer algo com ele.
Qual mensagem que você gostaria de passar para o seu público e para os nossos leitores do IG?
Uma mensagem de resiliência, de força, amor e coragem. Eu digo que nesse momento em que as pessoas começam a voltar aos poucos a gente vai de alguma forma renascer. Então para renascer a gente vai precisar ter essa força e se amar muito, e sempre tendo bastante paciência.