Uma discussão não está bem clara e resolvida dentro da cúpula da Globo e ainda é alvo de uma análise criteriosa: o novo sistema de votação única por CPF, que a emissora pretende usar na próxima edição do reality Big Brother Brasil 24.
A intenção é boa; busca trazer mais segurança e uma votação mais justa a partir da sistemática de voto único. Entretanto a Globo teme que o novo sistema pode derrubar as ótimas marcas obtidas pelo reality nos últimos, como por exemplo a entrada no Guiness Book com a maior votação de um reality: 1,5 bilhão de votos.
A votação que entrou para o livro dos recordes retirou Felipe Prior do jogo em um paredão com Manu Gavassi e Mari Gonzalez. O paredão ultrapassou o recorde de votações da história antes mesmo do encerramento dos votos. Isso significa também um alto faturamento para emissora, além de bons números para apresentação ao mercado.
De acordo com fontes do executivo da emissora, o canal está atento ao impacto do novo sistema na prática. Uma análise vem sendo feita de forma criteriosa para projetar possíveis impactos comerciais diante dos números que podem ser apresentados. Diante de uma população de aproximadamente 200 milhões de pessoas, não seria de estranhar, por exemplo, um paredão que apresente 50 milhões de votos, um número muito abaixo das médias em torno dos 500, 400 e 300 milhões de votos que o reality atinge em determinadas formações de paredão. Resumindo, a emissora tem a preocupação de que os números sejam absolutamente destoantes das outras edições.
Outra questão discutida é a segurança dos dados dos usuários. Muitos brasileiros ainda têm medo de cadastrar o CPF em plataformas de votação. O medo dos internautas e todos esses primeiros números pretendem ser analisados pelo canal na prática durante a votação da casa de vidro. Apesar do anúncio oficial emitido pela emissora sobre a mudança do sistema de votos, internamente não foi descartado uma possível mudança para o antigo modo de votação durante o reality.