
O “Estrelas da Casa”, que estreia sua segunda temporada em breve, enfrenta uma verdadeira corrida contra o tempo para conseguir fechar as cotas comerciais necessárias para viabilizar o projeto. A preocupação é evitar que o programa sofra o mesmo revés que o reality show de Ana Maria Braga, que precisou negociar cotas reduzidas por falta de interesse do mercado. O cenário se agravou após o “MasterChef”, da Band, antecipar sua estreia em um mês e, com isso, abocanhar parte do orçamento publicitário previsto para realities gastronômicos e de entretenimento.
Embora a Globo tenha apresentado uma reformulação completa do “Estrelas da Casa” ao mercado, incluindo um novo formato e melhorias significativas, o apelo comercial não foi tão forte quanto se esperava. Ana Clara, que segue como apresentadora, passou por um treinamento intenso para entregar uma performance ainda mais afiada, profissional e carismática, superando inclusive a sua boa atuação na temporada anterior, super elogiada pela crítica especializada. Ainda assim, a resposta do mercado foi morna, especialmente em relação aos valores praticados nas cotas de patrocínio.
De acordo com fontes da direção de contratos do canal, entre as justificativas apontadas pelos anunciantes, a mais recorrente foi a de que o programa, na primeira temporada, não entregou os índices de audiência prometidos. O desempenho ficou abaixo das expectativas, o que "gerou uma natural retração dos investimentos nesta segunda fase". Além disso, muitos players do mercado indicaram que preferem concentrar seus aportes no “Big Brother Brasil”, que estreia logo na sequência, por entenderem que os formatos são semelhantes demais, competindo por uma mesma fatia de público e repercussão.
Diante deste cenário, estas mesmas fontes afirmam que a Globo busca ajustar rapidamente sua estratégia comercial, oferecendo novas propostas e condições para atrair anunciantes de última hora e garantir a sustentabilidade financeira do “Estrelas da Casa”. Internamente, há um esforço para que o programa consiga se firmar de forma independente e não fique à sombra do BBB, nem sofra uma repetição do desgaste já visto com o reality de Ana Maria, cuja venda de cotas foi comprometida pela falta de timing e pela concorrência direta de formatos similares no mercado.