
William Bonner, que já atacou de forma ofensiva este colunista em seu feed, quando disse que a coluna não tinha credibilidade, está no centro de uma discussão importante na Globo. Este colunista que não se deixa intimar por ofensas dos poderosos, não se intimida com o "tio" e continua atualizando você, caro leitor, quem realmente importa sobre os bastidores.
Segundo fontes da direção de contratos do canal, o âncora do JN tem conversado com a direção da TV Globo sobre a possibilidade de deixar a bancada do Jornal Nacional a partir de outubro deste ano. A informação, confirmada também por fontes executivas do jornalismo reforça que a conversa faz parte de um acordo costurado desde a última eleição presidencial, em que Bonner teria sinalizado que aquele ciclo eleitoral seria o seu último à frente do noticiário. A movimentação coincide com o início da cobertura mais intensa do processo eleitoral de 2026, que ganha fôlego já no segundo semestre deste ano, justamente a partir de outubro.
A decisão é tratada com cautela, mas as conversas estão em estágio avançado. Bonner, que foi duramente atacado nas últimas eleições, chegou a contar com esquema de segurança oferecido pela emissora. O peso emocional e físico da função tem levado o jornalista a considerar um novo ritmo profissional. A Globo, por sua vez, estuda mantê-lo como editor-chefe do Jornal Nacional, mesmo sem sua presença diária na bancada. A ideia seria preservar sua influência editorial, mas aliviar a carga da exposição pública.
Com a saída de Bonner se desenhando, a Globo já cravou internamente o nome de César Tralli como substituto oficial. O movimento tem sido discreto, mas estratégico: a pedido da própria emissora, Tralli tem feito aparições em programas populares do canal, como a cozinha do Mais Você e o estúdio do Encontro, nesta manhã. A intenção é apresentar Tralli de maneira mais afetuosa e familiar ao público do horário nobre, consolidando sua imagem como novo rosto do JN para todas as audiências.
Ainda não há uma definição oficial sobre quem ocupará a bancada ao lado de Tralli quando a transição for efetivada. Essa decisão está sendo discutida com atenção pela emissora e deve envolver testes e avaliações internas. Mas esse é um assunto para a próxima coluna. Por ora, o que se sabe é que a era Bonner à frente do Jornal Nacional caminha para um fim programado e com roteiro bem cuidado nos bastidores. Exceto quando ataca outros profissionais, de outras emissoras, que ousam tocar em seu nome e se deixam intimidar, o que não é o caso desta coluna, que não esmoreceu.