
O Brasil inteiro acordou mais bonito nesta segunda-feira. Não foi por causa do sol, da previsão do tempo, da paz entre países, ou alguma outra notícia: foi por causa de um abraço. Um abraço longo, emocionado e genuíno, daqueles que dizem o que as palavras não alcançam. Ana Maria Braga abraçou Tati Machado com a alma inteira, e quem assistia, do outro lado da tela, repetia o gesto no imaginário e, de alguma forma, aquele abraço da Ana Maria foi de todos nós.
O que poderia ser apenas o fim de um afastamento virou o começo de uma celebração. A alegria dela de estar de volta, visível nos olhos marejados, era a mesma que sentíamos por tê-la de novo na nossa rotina. Tati não faz parte da televisão, já pertence a ela. E enquanto não estava, algo faltava para quem acompanha as manhãs na programação do canal. O riso não vinha com a mesma força, os comentários não tinham o mesmo charme, e as manhãs pareciam menos vivas.
Durante sua ausência, houve silêncio e respeito, como se a própria TV tivesse abaixado o tom em sinal de espera. Hoje, no entanto, ela voltou a falar alto, e falou bonito. Não há roteiro que simule o carisma, nem direção que ensine a ser afeto em forma de gente. Tati Machado tem esse dom raro de atravessar a tela com verdade, e talvez por isso sua volta tenha emocionado ainda mais. Porque hoje ela faz parte da casa e do coração de milhões de telespectadores do país.
O abraço de Ana Maria foi também um gesto de acolhimento institucional: a televisão aberta, representada por sua matriarca, dizendo para Tati que ela faz falta, que é importante, que é amada. E o público, do sofá, entendeu tudo. Ali estava uma mulher que retorna ao trabalho, sim, mas muito mais do que isso: estava uma querida de volta ao nosso convívio.
Na minha opinião, esse abraço ganhou a imagem do dia. Ana abraçou. E, por meio do gesto de Ana Maria, abraçamos juntos. No fim, não era só a saudade dela de estar ali. Era a nossa saudade de tê-la aqui também.